sábado, 25 de junho de 2011

E aquele que só se preocupa consigo mesmo e seu próprio benefício?

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Fui procurar o número do meu pai na agenda do celular e percebi que praticamente todas as pessoas com o número registrado ali já foram embora da minha vida ou não me atenderiam se eu por acaso tivesse créditos para fazer um telefonema amistoso. No fim das contas eu não tenho para quem ligar e ninguém liga para mim, e como se fosse vômito quente subindo do estômago em direção a boca, sobe uma sensação horrível de tristeza e solidão aos olhos. E quando menos se espera, se ver dessa forma faz sentir vontade de abandonar a si próprio deixando uma sensação pior ainda, um misto de asco e pena, uma receita de merda com estrume.

O problema é que de alguma forma eu fiz cada uma dessas pessoas irem embora e as que queriam ficar, eu fiz questão de sair de perto por algum motivo bobo ou inventado, como desculpas idiotas para não fazer algo como ir à igreja, fazer regime ou usar camisinha. Com um empurrãozinho meu cada um de vocês foi viver mais feliz do que quando estava comigo, talvez eu tenha até feito algum tipo de favor. É como se eu abdicasse da alegria pelo prazer da dor, não faz muito sentido. E uma hora cansa. No fim das contas eu não sou nada além de passageiro, e muitas vezes, depois de um tempo eu talvez não seja nada mais que lembranças que seriam melhor se fossem esquecidas.

A dor no peito chega a ser física, e sente-se um peso incrível e desesperador dentro de si, as lágrimas escorrem pela cara quentes e descontroladas acariciando as bochechas e pingando pela barba por fazer. Dói mais que nunca cada vez que fiz papel de bobo, cada vez que menti e machuquei alguém e sobretudo, me dói a minha própria dor, única coisa que me move e me comove, egoísta, suíno. Chega um período da vida em que as pessoas começam a construir suas vidas, seus impérios. Eu por aqui até agora só tenho erros, culpa e arrependimentos. Tá vendo essa merda toda? Fui eu que fiz.


"I'd rather feel pain than nothing at all."

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Sinceridade Canina.

A alguns momentos atrás eu chorava que nem uma bicha me sentindo fraco, sozinho e impotente, e então com muito carinho e um rabinho abanando ela vem lamber minhas lágrimas e mordiscar minha mão para pelo menos tentar me animar e mostrar um pouco de amor, nessa hora então eu percebo que não estou sozinho, e quanto sirvo para alguma coisa. Talvez seja apenas gratidão, mas eu tenho certeza que ela quer estar comigo, que gosta daqui, e certeza absoluta de que ela me ama.

É só uma cadela, e é mais sincera que qualquer humano que já conheci, é só uma vira-latas e é mais doce e verdadeira que qualquer dessas que me juram amor enquanto tomam no cu. Ela não mente, não trai, não se importa com coisas mais fúteis que brincar, comer e me fazer feliz.


A bebezinha mais fofinha e comilona que eu já vi, já comeu cerca de 10 pares de chinelos, duas camisas que eu gostava e muitas coisas mais. Hoje já é uma mocinha, que continua destruindo coisas, mas de alguma forma estranha me entende e a todo custo deseja e tenta me fazer bem. Dentre limpar bosta e mijo e tentar ensinar algo, eu percebo que aprendo muito mais do que tento ensinar e que recebo muito mais do que consigo dar.

Sem pedir nada em troca, a Malu me ama mesmo eu sendo pobre, mesmo eu sendo feio, mesmo eu não tendo nada a oferecer além de abrigo e carinho, e isso enche meu peito com tanta alegria, faz eu me sentir tão útil e necessário e é retribuido da mesma forma, e talvez funcione melhor que qualquer casamento perfeito ou coisa do tipo.


Não sei com exatidão quando ela nasceu nem onde nasceu, mas dentro de alguns dias vai completar um ano que ela foi achada na rua e adotada. A alegria da casa, minha melhor amiga, minha irmãzinha pretona. Engraçado a forma como as pessoas e as coisas tomam rumos não planejados, às vezes a vida até que prega umas peças divertidas na gente.

No mais, se você aguentou ler isso tudo, obrigado. E não compre um cachorro, ADOTE.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Abre uma cova no meu peito e deita dentro.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Atende o telefone por favor, eu não estou.
Fecha a janela para a luz não entrar
Liga a televisão só para quebrar o silencio.
Comida de microondas e radiação letal

Seja bem vindo, sente-se no seu lugar
Filme repetido, final sem graça
Já cansei de ver essa história
Nunca mais, essa é a última vez

Vou levar dois desse aqui por favor.
Embrulha pra viagem, eu vou comer em casa.
E adicione o dobro de queijo com mais um real

Perdeu a paciência esperando por você
Perdeu o ônibus do outro lado da rua
Perdeu o rumo a muitos anos atrás