sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Existem pessoas normais e pessoas excepcionais...eu sou DECEPCIONAL.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Um ninho de amor com vista para o mar, e se o tempo tivesse um botão de pausa, eu usaria por ali mesmo. Em algum ponto da extensão da areia da praia de Copacabana eu perdi meu coração. E no toque dos teus dedos roídos com meus dedos mortos, eu, que nunca fui muito de acreditar em energia e espírito senti algo que ainda sinto e não consigo explicar. Energia que transborda, que inebria; uma dose de você e eu, pela primeira vez na vida quase perco o controle sobre meus atos e palavras.

O cheiro de mar, de erva e do seu cabelo se misturam em um perfume convidativo e seguro, onde eu me afundo até o pescoço. Seu coração na minha mão, literalmente. E o mundo inteiro desaparece, duas almas estranhas sendo uma só por um breve momento. O vento sopra, e uma sensação de vida e completude tão grande toma conta de mim a ponto de eu não conseguir sequer funcionar direito. Cada vez mais fica difícil tomar conta das palavras e dos atos, eu não quero soltar sua mão, eu não quero ir embora nunca mais. A fumaça sobre, e junto com ela, sobre pela laringe a certeza de que as coisas não são e não serão mais as mesmas.

Como se tirasse fotos sensoriais, procuro guardar dentro de mim cada pedacinho de você, o cheiro, o toque, o sorriso tímido e sincero como nenhum outro, o aparelho, o hálito, o perfume, o cafuné, o esmalte desbotando nas unhas e tudo mais que possa me fazer companhia ao menos em sonho. Será isso amor à primeira vista? E agora eu me torno uma menina desprotegida e inocente apaixonada por uma menina desprotegida e inocente...parece até cachorro que se coça até abrir ferida...

E como nos melhores sonhos, quando menos se espera e quando menos se deseja, acaba. Não queria ter dado ESSE abraço, abraço de adeus, abraço de morte. E então, lá vai você, com cara de "é isso aí", e eu ali, com lágrimas de felicidade e tristeza ao mesmo tempo, assistindo tua partida e sentindo como se parte de mim estivesse subindo para o trigésimo sexto andar para nunca mais voltar...

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Acordar cansado porque a última vez que havia dormido foi quinta feira. Gosto ruim na boca, peso na alma e um nó na garganta, o dia é longo, e as vezes não sobra nem tempo para cagar. Segunda feira é dia de fazer a barba, de voltar pro mundo real, viver sonhando machuca como cortes de papel.

Depois de dez horas seguidas trabalhando, só volto a alugar minha alma amanhã. O pôr do sol na praia vermelha e minhas lágrimas devem ser mais salgadas que as do mar. E eu que digo pra todo mundo que pergunta que agora sou feliz, desabo do quinto andar da minha própria imprudencia, eu tenho pais, eu tenho amigos, emprego, faculdade, namorada e ainda assim sinto como se não tivese coisa alguma.

O sol desce como se entrasse no mar, o vento desengrenha meu cabelo e eu devo parecer horrível, e como não fazia a tempos, pelo menos por um pouco eu não me importo em parecer bem, as pessoas vêem de longe e sentem pena ou fingem que não veem, e é assim que todos nós preferimos fazer com o que nos aflige. Permissão concedida para não tentar ser forte e invencível por uns vinte minutos. A luta mal começa e eu já penso em desistir. De quanto tempo você precisa para se libertar? Talvez eu precise de umas décadas.

Sete da noite e eu almoço um copo de café com um salgado murcho de padaria. E eu só vou pra casa porque não tenho nenhum outro lugar pra ir. É só outra segunda feira, e amanhã será só outra terça feira. Quando você tem tudo e não tem nada, o problema só pode ser você mesmo. Talvez o único remédio seja não ter vergonha de chorar em público, pois dor é de graça, tem pra todo mundo. Pegue um prato e talheres, te convido para um banquete de dor, por aqui sempre tem de sobra.