domingo, 7 de junho de 2009

E toda dor,aparentemente é nada mais que preencher o tempo vago,o vazio interior e o fazer de nós mesmos um pouco mais importantes,nobres sofredores,nobres perdedores;e se tanta dor se faz presente,um grande vazio jaz por aqui.Claustrofóbico,pequeno demais pra um quarto desarrumado,como se o teto estivesse descendo,como se as paredes estivessem prestes a se tocar.

Soluções fitícias para problemas fictícios.Remédios pra dormir e comprimidos para dor de cabeça,e o "morrer tentando" já é morrer,tentativas são vãs e tolas.Caos vazio e sistemático,tudo decompõe devagar,peça por peça,é tudo carne,tudo sobre nada.Nada de errado,tudo bem,tudo igual.Paredes são boas ouvintes,monólogos em silêncio não incomodam ninguém.

Previsível como o relógio,o futuro de alguém sem futuro,termina ontem,começa amanhã,não vai à lugar algum.Tempo é algo que apenas se acumula,preenche espaço e mata as coisas,alguma hora as horas haverão de cessar,o tempo tornar-se-á tão grande que claustrofóbicamente,sufocará.É tempo demais pra faltar tanto tempo,está tudo atrasado.

A vida tem se parecido com as tardes de domingo,tediosas,prestes a escurecer e se arrastando,e ainda há os que odeiam as segundas,e ainda há os que conseguem dormir.Parece sempre ser tarde demais,tarde demais pra tentar corrigir erros,tarde demais pra acertar ou pra fazer algo.Tarde demais.Quase segunda-feira.

Solicita-se provas de amor.Fácil demais enjoar das pessoas,mais uma vez,tudo questão de tempo,uma por mês,também enjoo de todos vocês.Nenhum pouco de sono,e o melhor dos remédios é que uma hora eles fazem efeito.

5 comentários:

Recanto do Opositor disse...

Tempo tempo tempo... Maldito seja.

Anônimo disse...

Isso me lembra uma vida suicida, daquela que se morre todo dia, inferno após inferno e muito café curando ressaca e te mantendo acordado - eu sei. Quem é errante costuma saber dessas coisas.
E gostei dos teus escritos. Esboços maduros.
Até.

Wagner Marques disse...

muito contudente, viu!

melk e calina disse...

Meu Deus!
a vida toda não pode ser um domingo, pq senão nós teríamos que aturar o faustão todos os dias e ninguém ia conseguir viver mais de dois dias.

gostei do texto. triste e maduro! lembrou o Caio Fernando, que é bom!


(obrigado pela visita xD)

A primeira estrela disse...

muito bom depois de um dia festivo de danças e cores vir aqui e ler teus textos,fantástico ;) :**