segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Apático, patético; apatético.Não faz a menor diferença, cada vez mais, as coisas importam menos.No tempo em que as cartas marcadas ainda eram apenas cartas, era um pouco mais fácil, era menos alardioso e desgastante tirar um ás da manga, hoje, o máximo que se pode fazer é TENTAR escapar sem arranhões.

Às vezes certas coisas fazem um sentido do caralho quando estão dentro da saua cabeça, e então você executa tal idéia ou diz tais palavras e percebe quanta besteira consegue pensar e dizer.Eu mato o tempo, eu mato o róquenrou, e acima de tudo, mato a mim mesmo; engulo minhas próprias palavras e às vezes me engasgo, parado vejo o relógio, que nunca pára; pelo menos por agora, eu sinto vontade de correr atrás de todo esse tempo perdido.

E eu decidi que é melhor queimar a lista de coisas que eu odeio nos outros e começar a lista de coisas que odeio em mim.Não que vá fazer qualquer diferença, mas passatempos novos (mesmo que sejam tão velhos) às vezes quebram um pouco o gelo, e por experiência própria, percebo que é melhor quebrar o gelo que quebrar a cara.

A rotina torna até mesmo o futuro previsível, e é melhor que seja previsível apenas o inevitável, pelo menos por agora, como os namoros no início, é mais divertido, mais informal, talvez até mais real.O céu azul é só um monte de azul, mas de fato, é bem mias bonito que as paredes porcas e rabiscadas aqui do quarto.Um pouco mais de cor pra borrar tanto cinza, espero que não me destrua dessa vez.

4 comentários:

Gabriel P. Knoll disse...

uma das coisas que está escrito aqui é a rotina. Ô idéia mais chata que podemos carregar! De certa forma, o futuro torna-se previsível. As pessoas tornam-se enfadonhas... e os times de futebol perdem a graça. Enfim... gosto quando as pessoas atacam a rotina. Isto mostra que ainda existem seres humanos, naturalmente humanos.

Daiana Costa disse...

Bom saber que, no fim, estamos fadados à mudanças. Assim podemos escapar do que não convém.

É bonito escrever assim, sobre o que nos estraga. É bonito não entender bem o que somos.

Belo.

Katrina disse...

Me senti retratada

Maria disse...

Destruir não destrói. O máximo que pode acontecer é manchar alguma coisa... e daí? No deprimente do dia a dia só há uma coisa a fazer: mudar as cores.

Meu beijo