segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Hematoma

Eu não moro no seu coração
Do seu lado é tão constrangedor
Como quando vaza a mestruação
Rasga meu sorriso pra causar mais dor
Faz tudo tão dentro do padrão
Como outro beijo sem sabor

Me machuca de novo,outro hematoma
Outra como essa e eu vou entrar em coma
Um milhão em um, mais uma hemoglobina
Olho roxo, sangue seco, cópula, vagina

O mal mora por trás de olhos verdes e um sorriso anti-séptico
Não acredita, precisa de tantas provas quanto o pior cético

Costura minha boca para eu não falar
Deixa de estar na sala de estar
Não faz diferença quanta diferença faz
Tudo é muito pouco quando é demais

Não há como encontrar abrigo
Eu sou seu maior inimigo
Nada nunca sai como o planejado
Sozinho é melhor que ao seu lado
Seu beijo tem gosto de detergente
O fim é só o começo, definitivamente

6 comentários:

Adriana Gehlen disse...

o mal mora por trás dos olhos, sempre.

- tu tá certo em relação ao futebol. a gente fica meio fora da casinha com futebol, mas é tão alegre! hehehe

;*

Não importa disse...

tu sempre me surpreende.
se arriscou na rima e deu mt certo.
amei esse poema!

Natália Corrêa disse...

Caramba, isso ficou muito bom!
Doeu, como quando alguém aperta aquela enorme mancha roxa na perna, de uma pancada que se deu na quina de algum móvel. Só que a pancada foi coração.

Eu não vou deixar de postar... Levei o computador pra minha casca, pra não ficar tão solitária.
Gosto daqui também. Muito até ;)

Giovana disse...

Pirei, pirei, super pirei.
Lindo, lindo, lindo.

Gabriel P. Knoll disse...

pior que é um fato: somos sempre nossos piores inimigos.

Grande!

Anônimo disse...

Cara, você é filho da geração caetânica/exílio e ninguém sabe...