É carnaval, e eu desbando pelas ruas do Humaitá
Eu saio atrás de você já sabendo que não vou encontrar
Uma dose atrás da outra, as pessoas estão tão coloridas
Cada glória sem motivo é um grão de sal a mais nas minhas feridas
Com um coração que é mais seu que meu
Eu ando pelo paredão do São João Batista
E vejo os mortos, tão vivos quanto eu
Quando morrer, quero morar num tumulo com vista
Na Álvaro Ramos o bloco dos barbas começa
O carro pipa afoga os foliões, aqui ninguém se estressa
E eu sinto solidão,
no meio da multidão
Os foliões se divertem como se não houvesse amanhã
Fazendo coisas mais sujas que a praia de Botafogo
Os bêbados geniais despejam sua filosofia vã
Paixão e sedução, tudo não passa de um jogo
Eu negocio beijos inegociáveis
Com mulheres inimagináveis
Sem sucesso algum
Sou apenas um
Mortal
Morrendo na cidade Maravilhosa
Rio de Janeiro, fevereiro, 2012.
segunda-feira, 9 de abril de 2012
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