domingo, 24 de junho de 2012

Crawl back in

Eu não estou aqui, e sinto como se não estivesse em lugar algum boa parte do tempo. A vida segue parada e sem muita previsão de movimento para qualquer lado, eu me sinto como um carro preso no engarrafamento paulista na hora de voltar pra casa. E após dirigir por horas e horas sem dormir o cansaço e a culpa de não chegar a lugar algum somadas à falta de combustível e comida dão vontade de dormir ali mesmo, no banco do motorista e só acordar quando o resgate chegar.

É aqui que eu sempre venho vomitar meus sentimentos, e ultimamente, eu não tenho sentido muito. Como se Madame Morte tivesse se tornado Madame Morta, as coisas e pensamentos se assemelham aos finais de tarde de domingo, mais cinza que nunca, e toda aquela urgência por cores e formas se transformou em contentamento e baixa capacidade pulmonar.

Tudo meio sem graça e sem vontade, sem rumo e sem pressa, talve seja isso que aconteça com quem não tem nenhuma batalha para lutar. A razão de não escrever mais é porque não há mais nada para ser escrito. Pelo menos por enquanto. Eu posso passar a noite inteira olhando essas páginas brancas e o único pensamento que me incomodará será não chegar atrasado no trabalho. Ao mesmo tempo que o tempo falta há tempo de sobra. Eu só preciso de um tempo. De um tempo de mim mesmo.



Um comentário:

Andressa M. disse...

Também preciso de um tempo de mim - me diz onde compra isso ?
Tô virando Andressa N - N, de numb .
E olha que, finalmente, me amam nessa porra ...
Tsc, sei lá .