quarta-feira, 15 de março de 2017

Amparo

Já faz um tempo eu não conto com a sorte
Saber apanhar é a essência de ser forte 
Na colcha de retalhos eu sou só mais um recorte
Estou esbanjando vida, sorrindo pra morte 

Já faz um tempo eu não conto com ninguém
Saber ser só é a a essência de estar bem
Entre um velório e outro eu permaneço zen
Aquilo que vai deixa espaço pro que vem

Como se a vida fosse um resumo do que acontece
Entre o primeiro e o último batimento cardíaco
Tempo onde as coisas começam e terminam
E a gente só se dá conta quando é tarde demais

Já tive histórias com desfechos desleais,
Noites inesquecíveis que eu já nem lembro mais
Entre dias de Sol, tempestades e vendavais,
Fins são novos começos ou a vida é feita de finais?

A arte imita a vida ou será que a vida imita a arte?
Filho do deus da guerra, Áries, eu vim de Marte 
A gente se perde para se encontrar,
Ou acha que se encontra pra reafirmar que está perdido?

Assim vivemos

Até que a morte nos separe
Até que a morte nos repare
Até que a morte não separe
Até que a morte nos ampare 

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