terça-feira, 22 de setembro de 2009

Semi

Introdução à um semi-humano;

Somos cromossomos,
Belos seres tétricos,
Somos como somos,
Corações e artefatos bélicos
Só perdoa porque gosta de esquecer
Não sai da mesma página mas ainda tenta ler

Vício é uma palavra cruel, prefiro mania
Alguns não aguentam, preferem terapia

Mais um cigarro e café gelado
Coça um pouco, talvez seja alergia
Agora, seria ótimo ao seu lado
Felicidade é semelhante a epilepsia

Talvez não aguente o próximo cigarro
Garganta preta, um beijo e um escarro

Sorriso no rosto e um punhal nas costas,
Sente a sobriedade da compleição
Prefere as fraturas expostas
Pra não esquecer que ainda tem coração
Amor não morre enquanto não esfria
Enfia o dedo pra parar a hemorragia

Antes de ir embora tão seco quanto quando chegou

6 comentários:

Anônimo disse...

acho tão lindo isso daqui, sério
tuas palavras perdidas, teu tom negro de anunciar.. de sentir

é vida, ainda que pelo sr Morte
abraços.

ps: o 'mim' mudou de lugar e pra onde foi tem lugar pra ti..

Audrey Carvalho Pinto disse...

.. vc se faz verdade
e eu acho lindo

Um disse...

simplesmente espetacular
admiro seus textos, sua forma mórbida de ver a vida e a forma como expõe essa vista

Natália Corrêa disse...

Tudo que você escreve é forte
uma espécie de verdade crua
independente de ferir ou não.

mas seja como for, acho que sou naturalmente epilética.

Não importa disse...

clap clap clap!!!
bravo!

Madame Morte disse...

Sentilavras, abre o blógue pra eu poder lerpor favor...
Mó saudade de ler seus negócios e tal...:(