Estou nu,
Se quiseres, mostro meus ossos
Estou entediado,
cospe de novo
Estou cansado,
De esperar por você
Estou morto,
Me enterra de novo
E eu amo cada centímetro de pele,cada pêlo,meu amor
Te amo com tanto ódio, deve até te causar dor
E eu destruo todas as aparências e todos os sinais
Apenas porque já previ todos os nossos finais
Belas pernas e um coração horrível
Sabe exatamente onde ferir
Meu inimigo favorito,
Desisto antes de desistir
Inacessível como Vênus
Tão podre quanto eu
Confere os estragos que faz
Pois procura motivos para sorrir
E eu guardarei cada dente podre que você extrair
E eu remendarei o meu coração sempre que você o partir
E eu irei morrer um pouco sempre que você morrer
É difícil, e é tão ruim quanto consegue ser
Me fode,
Mastiga e engole
Me ame,
Me lambe e me beija
Me ajude,
Encosta e aperta
Me salve,
Aponta e atira
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
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11 comentários:
Puta que pariu.
A verdade é que chorei.
Poemas fortes são os mais realistas. Eles sim, mostram o que nós vivemos. Eles sim, falam do mundo, o real mundo em que estamos lá todos os dias.
Nossa, choquei. Salvei nos meus documentos.
Ah, e volto aqui, todos os dias.
Muito lindo!
Muito bom! Me lembra gritos de "liberdade"; é como sussurrar coisas belas enquanto espanca.
Forte!
Nooooooooooooooooooooooossa!
Posso dizer?
Eu a.d.o.r.e.i cada palavra.
Juro que queria comentar sobre isso, mas... fiquei sem palavras ao te ler.
Me lembrou a saudosa Florbela.
Bjo
=*
Pho-da.
quantos açoites verbais!
uma beleza feia que me faz sentir assim, meio sadomasoquista.
eu curto pra caralho.. vc já sabe! =]
o melhor e ter verdade, vomitar.. e depois lamber tudo pra dentro ... mais uma e outra vez!
Cara, vc sabe como surpreender qdo a gente já se acostumou a ler coisas fodas. Gostei mt desse desfecho.
tá escrevendo muito
e pelo visto sentindo também
quem disse que o amor é vermelho não provou o cinza-fumaça disso daqui
Cacete, muito bom.
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