Arranca seu coração e embrulha em papel alumínio
Vermelho, um enorme rubi disforme, sangrando
O vazio cresce dentro da caixa toráxica,
Como se fosse buraco negro, engole tudo que está próximo
Estende as mãos esperando receber escrúpulos,
Continua com as mesmas tão vazias quanto seu peito
Perde sangue, oxigênio e o que sobra de sua sanidade
Com o sangue que jorra, escreve um soneto sem rimas
Se destrói com alarde, como se quisesse audiência
E o público se reúne para assistir ao espetáculo suicida
Não faz diferença, é apenas mais outra pobre vida
Tem medo de sentir medo, mas teme já ser um morto
Antes de ir, entende que cada vida é um aborto
Cai no chão com o coração na mão e de peito aberto
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
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6 comentários:
Lixo.
Como disse o Mr. Wayne: Caímos para aprender a levantar.
http://juliaetlamer.wordpress.com/2010/01/12/49/
é bom cair e levantar.
"cada vida é um aborto"
que bom que é assim.
A vida é uma tentativa de aborto mal sucedida da mãe natureza.
Conheço esse buraco negro, ele me sugou e me prendeu no universo finito e entediante que há em mim. A vida esqueceu de me abortar e eu estou aprodrecendo dentro dela.
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