Enfia os dedos no ventilador
Morde a língua pra aguentar a dor
Se preserva quebrado, polido porém pálido
Orgulho quebrado como se fosse hímen
Com o tempo, tornou-se metade de um homem
Basicamente dramático
Essencialmente trágico
Pensa em pular
Do sétimo andar
Aperta o botão de pausa na atividade cerebral
Conserva o ego do tamanho de uma catedral
Inerte, sujo e podre, similar à matéria fecal
Quanto mais deseja, mais anseia e menos tem
Quebra o silêncio gritando por alguém
Humano, leviano, todo dia, todo ano
Insano, aceita o dano, falseia, outro engano
Mastiga, engole, consome, digere
Inflige, ataca, depreda, fere
Suspende o suspense, atiça os expectadores,
Escreve com sangue uma lista de favores
Não é o mais bonito mas é o melhor ator
Completa com fumaça o que falta de amor
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
domingo, 20 de dezembro de 2009
Quando em um momento aleatório e sem nenhum motivo aparente os olhos marejam e um par de lágrimas escorre, percebe que não deseja(nem consegue) chorar apenas duas gotas e lembra-se que já não toma os remédios há um dia e percebe que sem os remédios é menos ainda, percebe que como uma metade, precisa de outra para viver em algo que seja o mais próximo possível de harmonia, mesmo que sempre tão torpe e torto.Percebe que tem um buraco no peito e sente vontade de um buraco na cabeça também; é só mais outro momento de desespero.Tem certeza de que se pudesse escolher, trocaria seu coração por um que não estivesse com defeito e trocaria seu cérebro por um que ao menos fabricasse todas as substâncias necessárias para sorrir.Percebe que felicidade não se trata de estado de espírito ou qualquer coisa do tipo, é tudo sobre impulsos elétricos e reações químicas.E talvez o pior de tudo seja o fato de que gosta de verdade de toda essa merda do jeito que é.Tenha um bom suicídio.
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
E quando os anos chegam perto do fim, além de saber que pela frente ainda virão mais outro(s) tão piores ou entediantes quanto os passados, percebe-se o quanto se permaneceu inerte durante tanto tempo, o quanto podia ter sido e não foi, e principalmente, o quanto se está cada vez mais perto de lugar nenhum.Perde-se tanto tempo fazendo coisas que não se quer e coisas para os outros, que acaba se deixando de viver para você mesmo.De qualquer forma, mesmo no tempo livre, nada foi feito à respeito de tudo.
Em números, o ano de 2009 pode ser resumido à trezentos e sessenta e cinco dias, milhares de cigarros, centenas de comprimidos de imipramina, tylenol, aspirina e dramin, menos de 15 dias para começar a contar mais outros 365, dezenas de quilômetros andados à pé durante dezenas de madrugadas, alguns poucos milímetros de esperança ou o que quer que seja, quase meia dúzia de paixões platônicas e que duraram menos de uma semana, um sem número de decepções e um coração quebrado por natureza.
Uma porrada de noites sem dormir bolando teorias e planos de fuga, planos de mudar de vida e planos B, tudo uma enorme perda de tempo, ainda mais quando eu mesmo já sei que não tenho nem vontade nem tempo de mudar coisa alguma.Detesto perder tempo, mas percebi que perco tempo o tempo todo com coisas pequenas e muitas vezes sem sentido, que me desconseram e me desmontam, como se fosse simplesmente para ver como eu funciono.
Insatisfação não é necessáriamente a palavra, mas serve para preencher algumas lacunas por hora, eu sei que é tudo culpa minha.Não há do que reclamar, eu não sou aleijado, não sofro de nenhuma doença grave nem de problemas mentais (não que eu saiba ao menos).Como alguém com duas pernas pode não se dar por satisfeito?Boa pergunta.Talvez eu seja apenas daquele tipo de gente que sempre quer levar mais areia do que realmente cabe no meu caminhãozinho, não é todo mundo que nasce pra ter tudo o que deseja.
A lista de queixas e a lista de pessoas pra matar apenas aumentam, o tempo passa, e inércia parece ser a palavra chave que tranca todas as portas.Aliada a minha gigantesca inabilidade em fazer qualquer tipo de contato com qualquer tipo de pessoa, está minha sorte, ou falta de.Nunca diga que não dá para ficar pior, principalmente quando se tem certeza de que dá, e de que irá piorar.Básicamente você espera pelo pior quando tudo não vai tão mal assim, começa as coisas prevendo o fim, mesmo preferindo nunca começar nada.
Muita coisa pra pensar, muito mais tempo pra perder, muita gente pra machucar, uma nova lista de coisas pra fazer antes de morrer.Que nos próximos trezentos e sessenta e cinco dias eu perca menos tempo perdendo tempo.Neste natal, pedirei ao Papai Noel uma sub-metralhadora.
Em números, o ano de 2009 pode ser resumido à trezentos e sessenta e cinco dias, milhares de cigarros, centenas de comprimidos de imipramina, tylenol, aspirina e dramin, menos de 15 dias para começar a contar mais outros 365, dezenas de quilômetros andados à pé durante dezenas de madrugadas, alguns poucos milímetros de esperança ou o que quer que seja, quase meia dúzia de paixões platônicas e que duraram menos de uma semana, um sem número de decepções e um coração quebrado por natureza.
Uma porrada de noites sem dormir bolando teorias e planos de fuga, planos de mudar de vida e planos B, tudo uma enorme perda de tempo, ainda mais quando eu mesmo já sei que não tenho nem vontade nem tempo de mudar coisa alguma.Detesto perder tempo, mas percebi que perco tempo o tempo todo com coisas pequenas e muitas vezes sem sentido, que me desconseram e me desmontam, como se fosse simplesmente para ver como eu funciono.
Insatisfação não é necessáriamente a palavra, mas serve para preencher algumas lacunas por hora, eu sei que é tudo culpa minha.Não há do que reclamar, eu não sou aleijado, não sofro de nenhuma doença grave nem de problemas mentais (não que eu saiba ao menos).Como alguém com duas pernas pode não se dar por satisfeito?Boa pergunta.Talvez eu seja apenas daquele tipo de gente que sempre quer levar mais areia do que realmente cabe no meu caminhãozinho, não é todo mundo que nasce pra ter tudo o que deseja.
A lista de queixas e a lista de pessoas pra matar apenas aumentam, o tempo passa, e inércia parece ser a palavra chave que tranca todas as portas.Aliada a minha gigantesca inabilidade em fazer qualquer tipo de contato com qualquer tipo de pessoa, está minha sorte, ou falta de.Nunca diga que não dá para ficar pior, principalmente quando se tem certeza de que dá, e de que irá piorar.Básicamente você espera pelo pior quando tudo não vai tão mal assim, começa as coisas prevendo o fim, mesmo preferindo nunca começar nada.
Muita coisa pra pensar, muito mais tempo pra perder, muita gente pra machucar, uma nova lista de coisas pra fazer antes de morrer.Que nos próximos trezentos e sessenta e cinco dias eu perca menos tempo perdendo tempo.Neste natal, pedirei ao Papai Noel uma sub-metralhadora.
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
domingo, 13 de dezembro de 2009
iLiKETRAiNS
Durante as últimas semanas, no meu mp3, dentre as mais tocadas, se não "A" mais tocada, está esta ótima e obscura banda da Inglaterra; belas músicas todas baseadas em fracasso e derrota, taí, essa é MINHA banda.O passado é profetizado em voz grave, o começo torna-se fim, e tudo fica tão triste quanto ir ao cinema sozinho.E quando me mandam ouvir algo mais alegre ou "música de macho", um breve sorriso torto consegue preencher tanto vazio quanto se fosse com fumaça.Café, solidão e iLiKETRAiNS, é bem melhor que com você.Sim, você.E pra lista de melhores albuns do ano, "Hope Is Not Enough".Fikdik, ouçam.
"I bid you farewell
I'll see you in hell"
www.myspace.com/iliketrains
http://www.iliketrains.co.uk/
"I bid you farewell
I'll see you in hell"
www.myspace.com/iliketrains
http://www.iliketrains.co.uk/
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Sem Título
Dois aleijados andando de mãos dadas
O amor é lindo, o amor é manco
Não é tão especial assim
Se estiver longe de mim
Eu amo uma menina retardada
O amor é lindo mas não serve para nada
Dois monstros amando, vivendo um conto de fadas
Sirvo-lha meu coração numa bandeja prateada
Dois retardados andando de mãos dadas
O amor é lindo, o amor é mongol
Linda até os ossos, ruim até o fim
O que vai fazer pra se livrar de mim?
Eu vou comer seu coração
Bem me quer, mal me quer
E eu te quero tanto quanto uma arma
E não quero mais meu coração
O amor é lindo, o amor é manco
Não é tão especial assim
Se estiver longe de mim
Eu amo uma menina retardada
O amor é lindo mas não serve para nada
Dois monstros amando, vivendo um conto de fadas
Sirvo-lha meu coração numa bandeja prateada
Dois retardados andando de mãos dadas
O amor é lindo, o amor é mongol
Linda até os ossos, ruim até o fim
O que vai fazer pra se livrar de mim?
Eu vou comer seu coração
Bem me quer, mal me quer
E eu te quero tanto quanto uma arma
E não quero mais meu coração
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Boa noite.Ninguém em casa além do cachorro e do gato, que continuam dormindo quando levanto.Nada mais certo.Quase dois dias sem comer.Não faz tanta diferença quando se dorme mais de metade do dia.Férias são uma merda.Uma porrada de solidão.Pelo menos por hoje toda essa merda é uma merda.Não precisa nem fazer sentido.Nariz entupido, aparentemente um novo resfriado é o que eu vou ganhar de natal.Mais dramin, umas músicas, fazer café, e daqui a pouco eu já volto a dormir.E falar alto sabendo que não haverá resposta não deve ser considerado como erro, talvez eu goste da minha voz tanto quanto gosto de tudo isso.Ainda consigo chorar.Um par de lágrimas, um par de pulsos.Nem coragem eu tenho mais.É tudo questão de tempo.Não faz o menor sentido.Não tem a menor graça.Todas as lembranças e teorias falham, não parecem ser meus ou minhas, e enfim eu posso dizer que não tenho (quase) mais nada.Mas como os viciados em jogo, eu aposto enquanto tiver algo pra perder.E quando finalmente perder tudo, eu aposto meu rabo.Não deve ser tão mal assim.Boa noite.
domingo, 6 de dezembro de 2009
Algo como uma espécie de sociopatia, que por vezes se se transforma no amor mais intenso e destrutivo que consigo sentir.Com a mesma sinceridade e intensidade que por algumas horas eu consigo amar alguém, na velocidade de um trem-bala, me atropela o mais poderoso ódio, o mais escroto dos descasos, e toda e qualquer companhia torna-se absolutamente dispensável.Vontade de mandar tomarnocu é uma das poucas coisas que nunca está em falta.A maior dúvida que fica é se os momentos de aparente benevolência sou eu mesmo ou se são só lapsos de insanidade.
Pra cada afirmação, o triplo de negações; dizer não não é necessáriamente mais fácil ou difícil, à propósito, qualquer coisa não tem feito a menor diferença ultimamente.Apatia é tão interessante quanto assistir ao programa do Chaves na tv, você não liga de ir fazer xixi e perder alguma parte porque já sabe de tudo que vai acontecer.E por curtos momentos, como se respirasse pra dentro qualquer coisa boa, vem à tona uma tonelada de esperança, que de tão pesada, quase quebra a espinha, e de tão opaca, se dissipa, como se fosse fumaça, dando lugar a algo pior do que era vinte minutos antes.
Não necessáriamente as coisas fogem do controle, pois não há controle algum sobre qualquer coisa, simplesmente o melhor que se pode fazer é sair antes que o teto desabe sobre a cabeça, e não sei se por preferência à coisas tortas e podres, mas qualquer coisa que parece ser abrigo começa a desmoronar assim que eu me sento e esfrego as mãos tentando afastar o frio.Com tudo(ou nada), percebe-se que é um ser essencialmente paradoxal ou apenas contraditório, que sempre corre atrás de tudo que não quer, que diz pras pessoas sempre algo que machuque na vã tentativa de não se machucar também, que prefere fazer vítimas a ser a própria vítima mas acaba se vitimizando a cada momento...É, tem dias que nem eu me aturo...ainda bem que o domingo já tá acabando.
Pra cada afirmação, o triplo de negações; dizer não não é necessáriamente mais fácil ou difícil, à propósito, qualquer coisa não tem feito a menor diferença ultimamente.Apatia é tão interessante quanto assistir ao programa do Chaves na tv, você não liga de ir fazer xixi e perder alguma parte porque já sabe de tudo que vai acontecer.E por curtos momentos, como se respirasse pra dentro qualquer coisa boa, vem à tona uma tonelada de esperança, que de tão pesada, quase quebra a espinha, e de tão opaca, se dissipa, como se fosse fumaça, dando lugar a algo pior do que era vinte minutos antes.
Não necessáriamente as coisas fogem do controle, pois não há controle algum sobre qualquer coisa, simplesmente o melhor que se pode fazer é sair antes que o teto desabe sobre a cabeça, e não sei se por preferência à coisas tortas e podres, mas qualquer coisa que parece ser abrigo começa a desmoronar assim que eu me sento e esfrego as mãos tentando afastar o frio.Com tudo(ou nada), percebe-se que é um ser essencialmente paradoxal ou apenas contraditório, que sempre corre atrás de tudo que não quer, que diz pras pessoas sempre algo que machuque na vã tentativa de não se machucar também, que prefere fazer vítimas a ser a própria vítima mas acaba se vitimizando a cada momento...É, tem dias que nem eu me aturo...ainda bem que o domingo já tá acabando.
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Nas terras onde vivo, aleijados e doentes mentais são portadores de necessidades especiais, velhos são idosos e pretos são afro-descendentes.Tomam tanto cuidado com as palavras e se esquecem do mesmo cuidado em seus atos e reações.E no final, tanto esforço com falsas mesuras acaba sendo em vão; sempre saem todos ofendidos e/ou machucados.
Nas terras onde vivo, amor é algo tão banal quanto um bom dia ou um copo de café.E nessas terras, onde todos dizem se amar, vejo falsidade, tramas, deturpação de valores que não existem e ódio pelo próximo.Um judas em cada esquina.Progresso pessoal não é nada mal, mas não é me parece legal quando machuca outras pessoas, e é pior ainda quando gratuitamente se fere alguém, sem motivo, sem necessidade.E depois, o hipócrita sou eu.
Eufemismo é uma beleza, eu queria saber fazer esse tipo de coisa tão bem quanto fazem por aqui.Não que eu não saiba mentir, pelo contrário, faço-o com maestria, mas há coisas que ou não merecem ser ditas ou não merecem ser mascaradas ou maquiadas.Onde ninguém sai ganhando, não há nada além de inimigos.Nas terras onde nasci, sou estranjeiro.
Nas terras onde vivo, amor é algo tão banal quanto um bom dia ou um copo de café.E nessas terras, onde todos dizem se amar, vejo falsidade, tramas, deturpação de valores que não existem e ódio pelo próximo.Um judas em cada esquina.Progresso pessoal não é nada mal, mas não é me parece legal quando machuca outras pessoas, e é pior ainda quando gratuitamente se fere alguém, sem motivo, sem necessidade.E depois, o hipócrita sou eu.
Eufemismo é uma beleza, eu queria saber fazer esse tipo de coisa tão bem quanto fazem por aqui.Não que eu não saiba mentir, pelo contrário, faço-o com maestria, mas há coisas que ou não merecem ser ditas ou não merecem ser mascaradas ou maquiadas.Onde ninguém sai ganhando, não há nada além de inimigos.Nas terras onde nasci, sou estranjeiro.
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Hoje faz exatamente um ano e um mês.E lembrar de oito anos atrás, aquela noite chuvosa, fria, o céu quase caindo, e da forma mais aleatória possível, como se caísse do mesmo céu que chorava, uma gata linda e quase morrendo aparece miando na minha janela.O ser mais puro que já vi, sem maldade, sem metas, sem preocupações...ter um cérebro menor não é um defeito, é uma dádiva.E dois olhos tão brilhantes, que inspiram um sorriso só de olhar, como sinto saudades...
Não sei se por agradecimento ou pelo simples fato de ter comida de graça, mas ficaste.E com tantos cantos na casa, escolheu ficar justamente ao meu lado, no canto onde eu estivesse, nos melhores e nos piores momentos, na saúde e na doença...provávelmente muito melhor que uma esposa.E bastava olhar para aquele par de olhos grandes e essencialmente benevolentes, que era como se dissesse; "calma, eu tou aqui".Por hoje, só paredes.Dizem que saudade vira só lembrança, até que se torne esquecimento, mas lembro de você todos os dias.Eu costumava ganhar algo como um "boa noite" todos os dias...talvez uma lambida valha mais que mil palavras.Ainda é difícil dormir sem aquele quentinho do lado, aquele barulho de motorzinho ronronando, que os gatos só fazem quando estão felizes.Faz pensar que se não era asmática, foi feliz todo o tempo que passou comigo...
Lembranças tão boas que se sorri ao se lembrar.Alguém que não exatamente era um alguém, mas alguém que nunca pediu nada em troca do amor mais sincero que eu já vi.Talvez seja só egoísmo e falta de algo que me fazia bem, mas imagino que ninguém nunca me amou tanto quanto você.E hoje em dia é tudo tão sei lá, tudo tão solitário que eu chego ao ponto de escrever quase que uma carta pra uma gata que além de não saber ler nem existe mais.De qualquer forma, você faz uma falta do caralho.Saudades, linda. =/
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Hematoma
Eu não moro no seu coração
Do seu lado é tão constrangedor
Como quando vaza a mestruação
Rasga meu sorriso pra causar mais dor
Faz tudo tão dentro do padrão
Como outro beijo sem sabor
Me machuca de novo,outro hematoma
Outra como essa e eu vou entrar em coma
Um milhão em um, mais uma hemoglobina
Olho roxo, sangue seco, cópula, vagina
O mal mora por trás de olhos verdes e um sorriso anti-séptico
Não acredita, precisa de tantas provas quanto o pior cético
Costura minha boca para eu não falar
Deixa de estar na sala de estar
Não faz diferença quanta diferença faz
Tudo é muito pouco quando é demais
Não há como encontrar abrigo
Eu sou seu maior inimigo
Nada nunca sai como o planejado
Sozinho é melhor que ao seu lado
Seu beijo tem gosto de detergente
O fim é só o começo, definitivamente
Do seu lado é tão constrangedor
Como quando vaza a mestruação
Rasga meu sorriso pra causar mais dor
Faz tudo tão dentro do padrão
Como outro beijo sem sabor
Me machuca de novo,outro hematoma
Outra como essa e eu vou entrar em coma
Um milhão em um, mais uma hemoglobina
Olho roxo, sangue seco, cópula, vagina
O mal mora por trás de olhos verdes e um sorriso anti-séptico
Não acredita, precisa de tantas provas quanto o pior cético
Costura minha boca para eu não falar
Deixa de estar na sala de estar
Não faz diferença quanta diferença faz
Tudo é muito pouco quando é demais
Não há como encontrar abrigo
Eu sou seu maior inimigo
Nada nunca sai como o planejado
Sozinho é melhor que ao seu lado
Seu beijo tem gosto de detergente
O fim é só o começo, definitivamente
domingo, 29 de novembro de 2009
Não tenho pressa porque não tenho tempo, tantas dúvidas e nenhuma parece levar à lugar algum.Por aqui, o clima é pesado como se alguém tivesse morrido ontem, silêncio, rostos sérios e uma leve melancolia flutuando na atmosfera.Parar de pensar é impossível, e quanto mais se pensa, menos se conclui, quanto mais se pensa, menos clareza de pensamento se tem.Insanidade é relativo, mas não é uma hipótese a ser descartada.
No espelho, um estranho conhecido, um conhecido estranho.O tempo se mostra cruel com alguns que tentam viver, e tão novo, percebo que já começo a envelhecer; há um ano atrás eu não tinha olheiras tão grandes, meus olhos não eram tão fundos, meus dentes não eram desse tom amarelado e essas insinuações de rugas perto dos olhos e do sorriso (que eu não sorrio) não existiam.
Um breve momento de desespero, um pouco de dor de vez enquando até que faz bem.Algumas lágrimas de insatisfação e descontentamento talvez sirvam de gatilho para mais outra epifania passageira, daquelas que fazem sentir vontade de mudar a vida, como quando um alcólatra decide procurar o AA para recomeçar uma nova vida e três dias depois se afoga em qualquer coisa alcólica ou etílica.
Os domingos só servem para constatar que não há nada de útil na tv e que nada nunca sai como o planejado.Definitivamente, eu prefiro as segundas feiras.E eu prefiro ser alguém que escolhe à dedo em quem por a culpa, porque a culpa decididamente não é minha.Para os que gostam de mentir e enganar, até que não é tão difícil enganar a si próprio...
=========================================
"Saw my reflection and cried
So little hope that I died
Feed me your lies, open wide
Weight of my heart, not the size"
No espelho, um estranho conhecido, um conhecido estranho.O tempo se mostra cruel com alguns que tentam viver, e tão novo, percebo que já começo a envelhecer; há um ano atrás eu não tinha olheiras tão grandes, meus olhos não eram tão fundos, meus dentes não eram desse tom amarelado e essas insinuações de rugas perto dos olhos e do sorriso (que eu não sorrio) não existiam.
Um breve momento de desespero, um pouco de dor de vez enquando até que faz bem.Algumas lágrimas de insatisfação e descontentamento talvez sirvam de gatilho para mais outra epifania passageira, daquelas que fazem sentir vontade de mudar a vida, como quando um alcólatra decide procurar o AA para recomeçar uma nova vida e três dias depois se afoga em qualquer coisa alcólica ou etílica.
Os domingos só servem para constatar que não há nada de útil na tv e que nada nunca sai como o planejado.Definitivamente, eu prefiro as segundas feiras.E eu prefiro ser alguém que escolhe à dedo em quem por a culpa, porque a culpa decididamente não é minha.Para os que gostam de mentir e enganar, até que não é tão difícil enganar a si próprio...
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"Saw my reflection and cried
So little hope that I died
Feed me your lies, open wide
Weight of my heart, not the size"
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Bebedor de Lágrimas
Mamãe cortou minhas asas de novo
Ela não gosta que eu voe
Outro prego pra fechar meu caixão
É só mais um dia a menos
Como as moscas em volta da merda
Vôo em circulos e sem rumo
Meios termos são bastante atrativos
Quando não há nada acima ou abaixo
Onde quer que eu vá é lugar algum
Minha casa não é meu lar
E mesmo com você me sinto só
Interior - Respire
Exterior - Morra
Superior - Sorria
Inferior - Odeie
Coloque o dedo na ferida,
Uma pitada de sal nos olhos,
Afogue o sol com lágrimas
Enquanto eu trago um pouco de vida
Frio como os mortos, me levanto,
Eu já aprendi a morrer
Quando eu comprar esta avenida
Ninguém estará no meu caminho
Cigarros e comprimidos para o bebedor de lágrimas
Quase cego mas usa óculos
Chorou tanto que encheu o mar
Interior - Sangre
Exterior - Morra
Superior - Ordene
Inferior - Faça
Ela não gosta que eu voe
Outro prego pra fechar meu caixão
É só mais um dia a menos
Como as moscas em volta da merda
Vôo em circulos e sem rumo
Meios termos são bastante atrativos
Quando não há nada acima ou abaixo
Onde quer que eu vá é lugar algum
Minha casa não é meu lar
E mesmo com você me sinto só
Interior - Respire
Exterior - Morra
Superior - Sorria
Inferior - Odeie
Coloque o dedo na ferida,
Uma pitada de sal nos olhos,
Afogue o sol com lágrimas
Enquanto eu trago um pouco de vida
Frio como os mortos, me levanto,
Eu já aprendi a morrer
Quando eu comprar esta avenida
Ninguém estará no meu caminho
Cigarros e comprimidos para o bebedor de lágrimas
Quase cego mas usa óculos
Chorou tanto que encheu o mar
Interior - Sangre
Exterior - Morra
Superior - Ordene
Inferior - Faça
sábado, 21 de novembro de 2009
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
(...)"Vale a pena divertir-se um instante com os imbecis, dá-se corda, eles se erguem no ar, enormes e leves como elefantes de borracha, puxa-se a corda e eles voltam, flutuam a baixa altura, aturdidos, estupefatos, dançam a cada sacudidela do barbante, com saltos desajeitados.Mas é preciso mudar constantemente de imbecis, se não é a náusea."(...)
- Sartre, em A Idade Da Razão.
Deveras verdadeiro.(Apesar de muitas vezes ter quase certeza que me enquadro perfeitamente no rótulo de imbecil.)
- Sartre, em A Idade Da Razão.
Deveras verdadeiro.(Apesar de muitas vezes ter quase certeza que me enquadro perfeitamente no rótulo de imbecil.)
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Pessoas são iguais básicamente, você conhece uma, e conhece todas(salvo pouquissímas exceções).Atitudes previsíveis, reações mais previsíveis ainda, e um balde de merda saindo de cada boca que sempre ousa falar.Todos provam por excelência serem a mesma caricatura, o mesmo estereótipo, não temos rosto, somos todos o mesmo, e é algo detestável.
Não adianta negar que você é você e que é diferente justamente por ser você, mais uma vez estará agindo como todos, e não falo isso desejando que sejas diferente ou dizendo o que é certo ou errado, é apenas uma constatação; em vez de pulmões, temos ego dentro da caixa toráxica, que nos infla, que nos é principal e primária fonte de vida.
Depois de um certo tempo, por hábito ou convivência, você acaba por descobrir as preferências e "regras" de cada pessoa, e consequentemente, começa a pensar "sabia que era isso que ia acontecer" quando acontece; tornamo-nos previsíveis com o tempo, as máscaras que criamos (e sempre criamos) começam a não esconder tanto quanto antes, e no final, muitas vezes, quando não há decepção ou corações quebrados, acaba-se por ver que "é só isso aí", nada demais à oferecer.
O problema é que sempre esperamos algo de alguém, quando no máximo devemos saber que não devemos esperar nada de ninguém.Talvez seja por isso que algumas pessoas sempre estejam procurando por novas pessoas, precisam disso, dessa "mágica" que há no início de todas relações, dessa coisa descartável e perecível que sempre e logo acaba, no mínimo, devem ter medo de ficar sozinhas, no máximo, partem a procura de "novos horizontes" sabendo que todo horizonte será o mesmo.
Há diversos tipos de pessoas e personalidades, mas nos principais fatores e características, na espinha dorsal, somos todos impreterível e invariavelmente iguais.Não tem cura, pois não é doença, mas de fato, não somos de carne, somos ego puro.
Não adianta negar que você é você e que é diferente justamente por ser você, mais uma vez estará agindo como todos, e não falo isso desejando que sejas diferente ou dizendo o que é certo ou errado, é apenas uma constatação; em vez de pulmões, temos ego dentro da caixa toráxica, que nos infla, que nos é principal e primária fonte de vida.
Depois de um certo tempo, por hábito ou convivência, você acaba por descobrir as preferências e "regras" de cada pessoa, e consequentemente, começa a pensar "sabia que era isso que ia acontecer" quando acontece; tornamo-nos previsíveis com o tempo, as máscaras que criamos (e sempre criamos) começam a não esconder tanto quanto antes, e no final, muitas vezes, quando não há decepção ou corações quebrados, acaba-se por ver que "é só isso aí", nada demais à oferecer.
O problema é que sempre esperamos algo de alguém, quando no máximo devemos saber que não devemos esperar nada de ninguém.Talvez seja por isso que algumas pessoas sempre estejam procurando por novas pessoas, precisam disso, dessa "mágica" que há no início de todas relações, dessa coisa descartável e perecível que sempre e logo acaba, no mínimo, devem ter medo de ficar sozinhas, no máximo, partem a procura de "novos horizontes" sabendo que todo horizonte será o mesmo.
Há diversos tipos de pessoas e personalidades, mas nos principais fatores e características, na espinha dorsal, somos todos impreterível e invariavelmente iguais.Não tem cura, pois não é doença, mas de fato, não somos de carne, somos ego puro.
sábado, 14 de novembro de 2009
Parabéns pra ninguééém
Ha! Um ano dessa merda.
Obrigado à todos que perderam vários minutos de suas nobres vidas lendo o monte de porcaria por aqui postada^^
Que venha mais outro ano...ou não...
Beichos ;*
Obrigado à todos que perderam vários minutos de suas nobres vidas lendo o monte de porcaria por aqui postada^^
Que venha mais outro ano...ou não...
Beichos ;*
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Apático, patético; apatético.Não faz a menor diferença, cada vez mais, as coisas importam menos.No tempo em que as cartas marcadas ainda eram apenas cartas, era um pouco mais fácil, era menos alardioso e desgastante tirar um ás da manga, hoje, o máximo que se pode fazer é TENTAR escapar sem arranhões.
Às vezes certas coisas fazem um sentido do caralho quando estão dentro da saua cabeça, e então você executa tal idéia ou diz tais palavras e percebe quanta besteira consegue pensar e dizer.Eu mato o tempo, eu mato o róquenrou, e acima de tudo, mato a mim mesmo; engulo minhas próprias palavras e às vezes me engasgo, parado vejo o relógio, que nunca pára; pelo menos por agora, eu sinto vontade de correr atrás de todo esse tempo perdido.
E eu decidi que é melhor queimar a lista de coisas que eu odeio nos outros e começar a lista de coisas que odeio em mim.Não que vá fazer qualquer diferença, mas passatempos novos (mesmo que sejam tão velhos) às vezes quebram um pouco o gelo, e por experiência própria, percebo que é melhor quebrar o gelo que quebrar a cara.
A rotina torna até mesmo o futuro previsível, e é melhor que seja previsível apenas o inevitável, pelo menos por agora, como os namoros no início, é mais divertido, mais informal, talvez até mais real.O céu azul é só um monte de azul, mas de fato, é bem mias bonito que as paredes porcas e rabiscadas aqui do quarto.Um pouco mais de cor pra borrar tanto cinza, espero que não me destrua dessa vez.
Às vezes certas coisas fazem um sentido do caralho quando estão dentro da saua cabeça, e então você executa tal idéia ou diz tais palavras e percebe quanta besteira consegue pensar e dizer.Eu mato o tempo, eu mato o róquenrou, e acima de tudo, mato a mim mesmo; engulo minhas próprias palavras e às vezes me engasgo, parado vejo o relógio, que nunca pára; pelo menos por agora, eu sinto vontade de correr atrás de todo esse tempo perdido.
E eu decidi que é melhor queimar a lista de coisas que eu odeio nos outros e começar a lista de coisas que odeio em mim.Não que vá fazer qualquer diferença, mas passatempos novos (mesmo que sejam tão velhos) às vezes quebram um pouco o gelo, e por experiência própria, percebo que é melhor quebrar o gelo que quebrar a cara.
A rotina torna até mesmo o futuro previsível, e é melhor que seja previsível apenas o inevitável, pelo menos por agora, como os namoros no início, é mais divertido, mais informal, talvez até mais real.O céu azul é só um monte de azul, mas de fato, é bem mias bonito que as paredes porcas e rabiscadas aqui do quarto.Um pouco mais de cor pra borrar tanto cinza, espero que não me destrua dessa vez.
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Hoje senti vontade de chorar e percebi que estou seco.Passar pelo Discovery Channel e pelos canais de desenho assim como se passa por todos os lugares mas não se fica em nenhum, nômade, itinerante, e inváriavelmente, só.O estado se torna forma, a forma, por sua vez, torna-se necessidade, começa-se a viver com um único propósito.E nem é tão mal assim.
Talvez até pareça estranho, mas os momentos onde se morre um pouco, são os momentos onde eu mais tenho encontrado vida, e todos os atos, palavras e esboços de pensamentos tornam-se apenas meios para um único fim, que é sentir isso, sem nome, sem rosto, sem forma, e tão forte e puro quanto qualquer outra sensação ou momento que eu tenha notícia ou experiência própria.
Toda e qualquer tentativa de fuga ou mudança, é precipitada e planejadamente apenas algo que funcione como gatilho para isso, que não se apresenta, mas se instala, se aloja, como se fosse hóspede, como se me usasse de quarto, de morada temporária, nômade, e itinerante, assim como eu.Sorte dos sentimentos que eles não sentem.Ou será que sentem?Se sim, inicia-se aí outro ciclo interminável.
Somos escravos da gravidade, escravos do tempo e do espaço, de obrigações, e acima de tudo, escravos de nós mesmos.Existência em si, seja vivendo ou sobrevivendo, é nada a não ser escravidão.É necessário atender às necessidades físicas, às necessidades "espirituais" e aos desejos, de certa forma, não se faz nada por vontade própria.
E se toda submissão é limitação, talvez a pior de todas seja a submissão por pura opção e gosto ao que faz mal, ao que destrói, e como as pessoas mais idiotas que amam alguém que só machuca e despreza, marchar rumo à própria ruina já deve ser um pouco melhor que marchar sem direção, sem rumo.A vida se baseia em escolhas, e desde que com devida reflexão e maturidade, tudo é válido.
É por isso que eu opto, é por isso que eu vivo.Se fosse de outra forma, não seria mais eu, e quando se ama e odeia ao mesmo tempo, quando se perde noção e razão, é uma boa deixa para pedir pro seu psiquiatra aumentar a dose dos seus remédios.Troco uma cadeira de rodas por uma cadeira elétrica.
Talvez até pareça estranho, mas os momentos onde se morre um pouco, são os momentos onde eu mais tenho encontrado vida, e todos os atos, palavras e esboços de pensamentos tornam-se apenas meios para um único fim, que é sentir isso, sem nome, sem rosto, sem forma, e tão forte e puro quanto qualquer outra sensação ou momento que eu tenha notícia ou experiência própria.
Toda e qualquer tentativa de fuga ou mudança, é precipitada e planejadamente apenas algo que funcione como gatilho para isso, que não se apresenta, mas se instala, se aloja, como se fosse hóspede, como se me usasse de quarto, de morada temporária, nômade, e itinerante, assim como eu.Sorte dos sentimentos que eles não sentem.Ou será que sentem?Se sim, inicia-se aí outro ciclo interminável.
Somos escravos da gravidade, escravos do tempo e do espaço, de obrigações, e acima de tudo, escravos de nós mesmos.Existência em si, seja vivendo ou sobrevivendo, é nada a não ser escravidão.É necessário atender às necessidades físicas, às necessidades "espirituais" e aos desejos, de certa forma, não se faz nada por vontade própria.
E se toda submissão é limitação, talvez a pior de todas seja a submissão por pura opção e gosto ao que faz mal, ao que destrói, e como as pessoas mais idiotas que amam alguém que só machuca e despreza, marchar rumo à própria ruina já deve ser um pouco melhor que marchar sem direção, sem rumo.A vida se baseia em escolhas, e desde que com devida reflexão e maturidade, tudo é válido.
É por isso que eu opto, é por isso que eu vivo.Se fosse de outra forma, não seria mais eu, e quando se ama e odeia ao mesmo tempo, quando se perde noção e razão, é uma boa deixa para pedir pro seu psiquiatra aumentar a dose dos seus remédios.Troco uma cadeira de rodas por uma cadeira elétrica.
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
domingo, 18 de outubro de 2009
sábado, 17 de outubro de 2009
Nasceu chorando.Quando era bebê, proavavelmente, uma das primeiras palavras que aprendeu foi "adeus".Aprendeu a andar sozinho.Caiu pra caralho no meio do caminho, tropeçou em cima de muitos, e de certa forma, mesmo que se arrastando, sempre passou po rcima de tudo e todos.Ouvir os gritos das crianças brincando e sempre ter que só ouvir talvez tenha ajudado em alguma coisa, tem gente que já nasce velha.
Chega em casa e enfia os dedos na boca, de forma que empurrem as amídalas pra dentro e vomite tudo que aflige, não tem êxito, mas como se gostasse do gosto azedo, por vezes prefere repetir a experiência.Cresce entre livros e desenhos animados.Percebe que Pica-Pau é o único que tem dois palavrões num só nome, e sem querer, tem como ídolos os piores exemplos possíveis.Toma cuidado, de forma que se torne um ídolo de pedra.E quase consegue.Mas ainda tem coração.
Com o tempo, degrada, erode, se fode.Aprende a não aprender nada, e ao invés de procurar verdades, cria mentiras como bichos de estimação, bom monologador, sempre teve bons amigos imaginários que sempre matou.Não sai de casa, pois tem medo de pessoas.Desenha nas paredes do quarto.Fuma escondido dos pais.E com um pouco mais de tempo, vira um monstrinho quase adulto, que quase sempre perde na seleção natural.
Faz do artificial, do sintético, fonte de vida, refere-se a si próprio na terceira pessoa, pois sabe que além de tudo, é um mero personagem.Preenche o vazio com fumaça e esquece de fazer sentido quando quer e quando precisa.Sabe que quando as palavras faltam é melhor ir embora ou ficar calado.E percebe que as palavras começam a faltar.
"Certos homens nascem póstumos."Seria necessário morrer para comprovar, ou é apenas arrogância demais?Provávelmente, trata-se apenas de pura arrogância mesmo...
Chega em casa e enfia os dedos na boca, de forma que empurrem as amídalas pra dentro e vomite tudo que aflige, não tem êxito, mas como se gostasse do gosto azedo, por vezes prefere repetir a experiência.Cresce entre livros e desenhos animados.Percebe que Pica-Pau é o único que tem dois palavrões num só nome, e sem querer, tem como ídolos os piores exemplos possíveis.Toma cuidado, de forma que se torne um ídolo de pedra.E quase consegue.Mas ainda tem coração.
Com o tempo, degrada, erode, se fode.Aprende a não aprender nada, e ao invés de procurar verdades, cria mentiras como bichos de estimação, bom monologador, sempre teve bons amigos imaginários que sempre matou.Não sai de casa, pois tem medo de pessoas.Desenha nas paredes do quarto.Fuma escondido dos pais.E com um pouco mais de tempo, vira um monstrinho quase adulto, que quase sempre perde na seleção natural.
Faz do artificial, do sintético, fonte de vida, refere-se a si próprio na terceira pessoa, pois sabe que além de tudo, é um mero personagem.Preenche o vazio com fumaça e esquece de fazer sentido quando quer e quando precisa.Sabe que quando as palavras faltam é melhor ir embora ou ficar calado.E percebe que as palavras começam a faltar.
"Certos homens nascem póstumos."Seria necessário morrer para comprovar, ou é apenas arrogância demais?Provávelmente, trata-se apenas de pura arrogância mesmo...
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Estou nu,
Se quiseres, mostro meus ossos
Estou entediado,
cospe de novo
Estou cansado,
De esperar por você
Estou morto,
Me enterra de novo
E eu amo cada centímetro de pele,cada pêlo,meu amor
Te amo com tanto ódio, deve até te causar dor
E eu destruo todas as aparências e todos os sinais
Apenas porque já previ todos os nossos finais
Belas pernas e um coração horrível
Sabe exatamente onde ferir
Meu inimigo favorito,
Desisto antes de desistir
Inacessível como Vênus
Tão podre quanto eu
Confere os estragos que faz
Pois procura motivos para sorrir
E eu guardarei cada dente podre que você extrair
E eu remendarei o meu coração sempre que você o partir
E eu irei morrer um pouco sempre que você morrer
É difícil, e é tão ruim quanto consegue ser
Me fode,
Mastiga e engole
Me ame,
Me lambe e me beija
Me ajude,
Encosta e aperta
Me salve,
Aponta e atira
Se quiseres, mostro meus ossos
Estou entediado,
cospe de novo
Estou cansado,
De esperar por você
Estou morto,
Me enterra de novo
E eu amo cada centímetro de pele,cada pêlo,meu amor
Te amo com tanto ódio, deve até te causar dor
E eu destruo todas as aparências e todos os sinais
Apenas porque já previ todos os nossos finais
Belas pernas e um coração horrível
Sabe exatamente onde ferir
Meu inimigo favorito,
Desisto antes de desistir
Inacessível como Vênus
Tão podre quanto eu
Confere os estragos que faz
Pois procura motivos para sorrir
E eu guardarei cada dente podre que você extrair
E eu remendarei o meu coração sempre que você o partir
E eu irei morrer um pouco sempre que você morrer
É difícil, e é tão ruim quanto consegue ser
Me fode,
Mastiga e engole
Me ame,
Me lambe e me beija
Me ajude,
Encosta e aperta
Me salve,
Aponta e atira
terça-feira, 13 de outubro de 2009
domingo, 11 de outubro de 2009
E em mais uma saga ébria em mais uma noite curta o bastante para não se perceber o tempo passar, eu assumo o papel de grande ouvido que ouve todos os sofrimentos e lamúrias dos fracos e oprimidos."Minha mulher me largou e eu estou sofrendo tanto e bliblibli e eu preciso de mais uma cerveja, e ir ao cinema sozinho é tão triste e eu estou tão cansado e desolado e bliblibli."
É tão ruim assim ser e estar só?Se a questão é sempre o EU que sofre, o EU que está só, o EU que quero ficar legal e etc, devia-se investir mais tempo consigo próprio, curando todas as aflições, como se fosse um pastor de igreja de crentes; seres humanos se adaptam fácil e rápido à qualquer ambiente com água, comida e oxigênio, solidão está longe de ser um problema, e é muito possivelmente, a solução.
Se dói tanto, substitua o alguém que falta, todo novo amor pode ser maior e mais sincero que o anterior, toda dor termina; não é nada difícil acabar com problemas quando se empenha de verdade.E a dor vira memória e a memória vira esquecimento, somos extremamente aptos e sujeitos à adaptação e superação dos problemas.Que nem são realmente um problema.Quanto mais melhor.E é essa sorte de atitudes e exemplos que faz eu me sentir menos imbecil.
=================================================
"Love...is a way of feeling
Love is a way of feeling less alone
So what's all the fuss about?!?
(...)
I'll wait for the night to come
So far, suicide at home
For I'm not the man you know...
This love,it's about control"
É tão ruim assim ser e estar só?Se a questão é sempre o EU que sofre, o EU que está só, o EU que quero ficar legal e etc, devia-se investir mais tempo consigo próprio, curando todas as aflições, como se fosse um pastor de igreja de crentes; seres humanos se adaptam fácil e rápido à qualquer ambiente com água, comida e oxigênio, solidão está longe de ser um problema, e é muito possivelmente, a solução.
Se dói tanto, substitua o alguém que falta, todo novo amor pode ser maior e mais sincero que o anterior, toda dor termina; não é nada difícil acabar com problemas quando se empenha de verdade.E a dor vira memória e a memória vira esquecimento, somos extremamente aptos e sujeitos à adaptação e superação dos problemas.Que nem são realmente um problema.Quanto mais melhor.E é essa sorte de atitudes e exemplos que faz eu me sentir menos imbecil.
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"Love...is a way of feeling
Love is a way of feeling less alone
So what's all the fuss about?!?
(...)
I'll wait for the night to come
So far, suicide at home
For I'm not the man you know...
This love,it's about control"
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Um beijo com gosto de sabão não é o suficiente para roubar meu coração, não tenho nem certeza se ainda tenho um.Três bolinhas não são mais suficientes para me fazer dormir, estou preso à carne em todos os aspectos.Dez cigarros não são o suficiente para me satisfazer, quanto mais eu sufoco, menos eu desejo respirar.
Auto-boicote, eu me saboto.De alguma forma, e por alguma razão desconhecida, quando eu não quebro as costas, eu arranco as pernas de qualquer oportunidade ou chance de sair daqui ou (teóricamente) ser feliz.Talvez seja apenas preferência, eu devo realmente gostar pra caralho de reclamar e estar em estado de inércia, enferrujando e envelhecendo, como um objeto que se compra mas não se usa.
Tudo não é tão mal assim, além de suportável, chega até a ser confortável nos seus melhores dias.Mas deve haver alguma cura para todos os problemas, ou pelo menos para boa parte dos mesmos.Após um tempo, as coisas começam a perder a graça, e quando eu não enjoo das coisas ou das pessoas, são as coisas ou as pessoas que enjoam de mim.É como se quanto-mais-você-prova-menos-graça-tem, como nas histórias de viciados, que precisam de cada vez mais para se sentirem completos.
E como os animais que desafiam o chefe do bando e perdem, eu sempre volto pra casa para lamber minhas feridas sozinho, derrota não necessáriamente é sinal de falta de habilidade ou potencial, é hora de provar isso, hora de fazer algo a respeito de qualquer coisa.
Medidas quase desesperadas para tempos quase desesperados.Eu prefiro quebrar o silêncio a quebrar as costas mais uma vez.Chega de palhaçada.A partir de agora,ponho os pingos nos "Is" com buracos de bala.
Auto-boicote, eu me saboto.De alguma forma, e por alguma razão desconhecida, quando eu não quebro as costas, eu arranco as pernas de qualquer oportunidade ou chance de sair daqui ou (teóricamente) ser feliz.Talvez seja apenas preferência, eu devo realmente gostar pra caralho de reclamar e estar em estado de inércia, enferrujando e envelhecendo, como um objeto que se compra mas não se usa.
Tudo não é tão mal assim, além de suportável, chega até a ser confortável nos seus melhores dias.Mas deve haver alguma cura para todos os problemas, ou pelo menos para boa parte dos mesmos.Após um tempo, as coisas começam a perder a graça, e quando eu não enjoo das coisas ou das pessoas, são as coisas ou as pessoas que enjoam de mim.É como se quanto-mais-você-prova-menos-graça-tem, como nas histórias de viciados, que precisam de cada vez mais para se sentirem completos.
E como os animais que desafiam o chefe do bando e perdem, eu sempre volto pra casa para lamber minhas feridas sozinho, derrota não necessáriamente é sinal de falta de habilidade ou potencial, é hora de provar isso, hora de fazer algo a respeito de qualquer coisa.
Medidas quase desesperadas para tempos quase desesperados.Eu prefiro quebrar o silêncio a quebrar as costas mais uma vez.Chega de palhaçada.A partir de agora,ponho os pingos nos "Is" com buracos de bala.
sábado, 3 de outubro de 2009
Analogias inúteis pt 2
Minha vida tem ido tão lenta e fraca quanto minha conexão discada.As imagens demoram para carregar e os negócios legais demoram meses para baixar.À propósito, um ótimo passatempo é asssistir as barrinhas de download encherem e ver as plaquinhas das pessoas subirem e descerem no msn.
:)
:)
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Como se fossem uma centena de pedaços, chegam quase que um por um, vêm do céu, formam uma única criatura, e junto consigo, trazem um vento morno e suave,literalmente reconfortante.Chegam famintos, e não sei qual de nós é pior, mas tenho quase certeza de que somos bem parecidos, usamo-nos; eles, por fome, por sobrevivência, eu, por simples e pura solidão.Alguns grãos de milho no chão e eu ouço uma centena de pares de asas se afagando, pego uns papéis amassados, e tenho uma nobre platéia para ouvir poemas ruins e uma lista de reclamações, que sempre é repetida, como se fosse para nunca esquecer o que fere e dá algum sentido para continuar.
Palavra após palavra, é cada vez mais confortável, cada uma parece valer um grão de milho, e ao longo da praça, mesmo os mendigos sorriem com suas respectivas namoradas desdentadas e suas garrafas de pinga, todo alguém tem outro alguém.Há alguns dias não faço contato físico com pessoas.Eu pagaria uma dose para cada mendigo se pudesse confraternizar com eles.Me sinto só, me sinto vago, sensível, contraditório e chato, como se estivesse em tensão pré menstrual.E meus pombos comportados, ouvem sem desdenhar nem rir, mas não oferecem uma asa amiga; o milho acaba rápido, é preciso comer sem sentir o sabor, se é que milho cru tem algum sabor.
Questões sem respostas e o último punhado de milho, "tempo é dinheiro", e apesar de ter tempo quase que de sobra, moedas de cinco centavos só compram balas.Os pombos têm sorte por ter para onde ir e para onde voltar, nunca estão perdidos, sua vida baseia-se em manter o rumo, sobreviver e se reproduzir, não muito diferente da vida dos homens, mas muito mais simples.Após alguns poucos minutos, voam um por um, assim como chegaram, e os que sobram, como se fossem família, voam todos juntos, deixando algumas penas e a brisa quente que troxeram.Permaneço inerte, no mesmo lugar, que não é início nem fim, e não vou à lugar nenhum.Definitivamente.
terça-feira, 29 de setembro de 2009
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Deve-se primeiro destruir para então construir uma nova estrutura por cima da antiga.Como se os pedaços da anterior servissem de adubo, de inspiração talvez.E eu destruo, destruo nossas cartas, seus presentes, seus vestígios.Um ano e meio é mais do que eu imaginei que fosse doer.Eu prefiro apertar shift + del, sim, eu desejo excluir permanentemente tais arquivos aqui de dentro.
Ontem foi seu aniversário, e somado ao déficit de concentração habitual, ontem eu mal consegui pensar.Eu sei como é ser trocado, como é ser usado e substituído, mas acima de tudo, eu sei ser um monstro.E até que por agora me cai muito bem.Se deitar sobre lamúrias e praguejar, alem de muito fácil ,torna-se entediante e cansativo após alguns longos meses.
Eu sou o que sobrou.E talvez, pela primeira vez em um dos meus textos inúteis encontra-se mais a palavra eu do que você, mesmo que em outros substantivos e classes gramaticais.Eu posso e consigo amar e odiar quem eu quiser, eu aceito meu novo nome, mesmo depois de tanto tempo.Ok, agora eu assino minhas coisas como Passado.
Há os que conseguem perdoar, os que jamais conseguem esquecer, e principalmente os que conseguem partir e esquecer tudo com a maior facilidade do mundo.Juntando o melhor de cada, eu aprendi a fazer cada lugar se tornar lugar nenhum, aprendi a anotar os nomes dos inimigos em uma lista de pessoas pra matar, aprendi a lembrar e esquecer cada nome e cada detalhe ou data a hora que eu bem entender.
Seleção natural é nada a não ser tempo.E o tempo não faz nada a não ser te deixar cada vez mais escroto, cada vez mais à altura do(s) oponente(s).Nascemos tontos, morremos engasgados com veneno.Já era hora de pegar minha vida de volta, eu esperei demais.Entre cartinhas boiolas sem destinatário e centenas de horas pensando, o que sobra mostra-se bem melhor do que já foi um dia.E até não sobrar nada, mesmo que rastejando, novos começos atrairão novos fins, e sorrisos tornar-se-ão lágrimas, como um pêndulo, a cada segundo em um extremo diferente.
Uma piscina em forma de coração.Vazia.E após o porre, a ressaca, antes de tudo, você sorri, depois de tudo, você aprende a atuar.Sejamos todos atores, dizer três palavras monosilábicas não pode ser realmente tão difícil.Aqui ainda tem um coração.E eu o entrego (ou vendo) ao primeiro que sorrir de volta.
=======================================================
"And I'll smile and I'll learn to pretend
And I'll never be open again
And I'll have no more dreams to defend
And I'll never be open again"
Ontem foi seu aniversário, e somado ao déficit de concentração habitual, ontem eu mal consegui pensar.Eu sei como é ser trocado, como é ser usado e substituído, mas acima de tudo, eu sei ser um monstro.E até que por agora me cai muito bem.Se deitar sobre lamúrias e praguejar, alem de muito fácil ,torna-se entediante e cansativo após alguns longos meses.
Eu sou o que sobrou.E talvez, pela primeira vez em um dos meus textos inúteis encontra-se mais a palavra eu do que você, mesmo que em outros substantivos e classes gramaticais.Eu posso e consigo amar e odiar quem eu quiser, eu aceito meu novo nome, mesmo depois de tanto tempo.Ok, agora eu assino minhas coisas como Passado.
Há os que conseguem perdoar, os que jamais conseguem esquecer, e principalmente os que conseguem partir e esquecer tudo com a maior facilidade do mundo.Juntando o melhor de cada, eu aprendi a fazer cada lugar se tornar lugar nenhum, aprendi a anotar os nomes dos inimigos em uma lista de pessoas pra matar, aprendi a lembrar e esquecer cada nome e cada detalhe ou data a hora que eu bem entender.
Seleção natural é nada a não ser tempo.E o tempo não faz nada a não ser te deixar cada vez mais escroto, cada vez mais à altura do(s) oponente(s).Nascemos tontos, morremos engasgados com veneno.Já era hora de pegar minha vida de volta, eu esperei demais.Entre cartinhas boiolas sem destinatário e centenas de horas pensando, o que sobra mostra-se bem melhor do que já foi um dia.E até não sobrar nada, mesmo que rastejando, novos começos atrairão novos fins, e sorrisos tornar-se-ão lágrimas, como um pêndulo, a cada segundo em um extremo diferente.
Uma piscina em forma de coração.Vazia.E após o porre, a ressaca, antes de tudo, você sorri, depois de tudo, você aprende a atuar.Sejamos todos atores, dizer três palavras monosilábicas não pode ser realmente tão difícil.Aqui ainda tem um coração.E eu o entrego (ou vendo) ao primeiro que sorrir de volta.
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"And I'll smile and I'll learn to pretend
And I'll never be open again
And I'll have no more dreams to defend
And I'll never be open again"
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
"E eu aperto minhas perversões de acabar com você tão forte que elas acabam sufocando.E eu adoro quando elas me exitam, e eu sempre tenho que matá-las com orgasmos.Se eu sou um anjo o céu me esqueceu.Nós que não somos filhos de deus não pensamos em pensar.E quando minhas mãos coçam,seu rosto brilha.Quando eu canso ela continua limpa.O jogo é sem fim apenas porque não começou.Enquanto somos imortais,beijemos nossas bocas sujas e lambamos nossos sorrisos,se sentirmos o gosto de cada dente,talvez cada palavra faça sentido.De longe parecia tão bela, mas não passava de um monstrinho.E os monstrinhos sem garras são os mais perigosos, os dentes que sorriem mordem e mastigam com amor.
Ame e odeie cada pedaço que você arrancou, coma todos eles, pois doeu bastante.Monstro.E o que sobrou já enforca outras perversões, cresce e nasce,suas veias devem ter vida, semém tem cor de neve, talvez tenha alguma relação com o quanto somos frios.Um argumento nada relevante, tanto quanto amor.Se tudo isso tivesse sentido eu não teria pensado nenhuma dessas palavras, se eu houvesse pensado cada coisa que digo teria sido bem mais engraçado.Porque um eu te amo pode ser tão pesado quanto uma montanha e tão apertado quanto os nós dos meus sapatos ou os nós com que você me enforcou.Eu preciso sair desse buraco.Só mais uma, a última.
Já nem tem mais tanta graça, já não enxergo mais esse tal amor.E ela dispara palavras como dispara espinhos.Simplesmente ela tem mira ruim.E nenhum desses me acertou tão bem quanto o ódio que eu tenho por nós dois.Eu te odeio.Eu me odeio.Maldita seja.Se eu te beijar mais uma vez eu estarei mentindo mais uma vez.O amor virou nojo,querida.Com as mesmas mãos suadas que seguram as suas eu seguro o laço e as secreções mais broxantes vêem a luz do dia.E eu só uso porque ele cresce,e eu só mato porque vive.E o propósito sempre foi machucar de propósito, mesmo quando foi sem querer.Mordeu os meus lábios só pra ficar com eles.Apenas sorri de volta para não ter que dá-los.Todas as verdades pareceram reais por alguns dias.E quando eu sentia o cheiro dela, eu só sentia um cheiro peculiar.Agora não passa de perfume barato.E eu prefiro cheiro de fumaça, eu prefiro cheiro de sexo.E os filmes que passam na tv sempre são os mesmos, assim como as nossas frases feitas e velhas.Antes de acabar tudo, gostaria dizer algumas palavras.Mas eu nunca disse nada, certo?Não é agora que direi.É mais fácil guardar tudo e esmagar até que vire leite.Eu te amei um dia, ah, como eu te amei.E eu ainda vou te matar."
===========================================
Entre cartas que nunca tive coragem de enviar, inúmeras derrotas, centenas de dias e quase dois anos, as coisas não parecem ter mudado muito, a não ser o tempo e a jovialidade que escorre pelos dedos como água.E as pessoas constroem seus princípios e sua índole de acordo com suas experiências.Que merda eu construí, hein...
"Não vou dizer que foi ruim,
também não foi tão bom assim."
Nem nunca será.
Ame e odeie cada pedaço que você arrancou, coma todos eles, pois doeu bastante.Monstro.E o que sobrou já enforca outras perversões, cresce e nasce,suas veias devem ter vida, semém tem cor de neve, talvez tenha alguma relação com o quanto somos frios.Um argumento nada relevante, tanto quanto amor.Se tudo isso tivesse sentido eu não teria pensado nenhuma dessas palavras, se eu houvesse pensado cada coisa que digo teria sido bem mais engraçado.Porque um eu te amo pode ser tão pesado quanto uma montanha e tão apertado quanto os nós dos meus sapatos ou os nós com que você me enforcou.Eu preciso sair desse buraco.Só mais uma, a última.
Já nem tem mais tanta graça, já não enxergo mais esse tal amor.E ela dispara palavras como dispara espinhos.Simplesmente ela tem mira ruim.E nenhum desses me acertou tão bem quanto o ódio que eu tenho por nós dois.Eu te odeio.Eu me odeio.Maldita seja.Se eu te beijar mais uma vez eu estarei mentindo mais uma vez.O amor virou nojo,querida.Com as mesmas mãos suadas que seguram as suas eu seguro o laço e as secreções mais broxantes vêem a luz do dia.E eu só uso porque ele cresce,e eu só mato porque vive.E o propósito sempre foi machucar de propósito, mesmo quando foi sem querer.Mordeu os meus lábios só pra ficar com eles.Apenas sorri de volta para não ter que dá-los.Todas as verdades pareceram reais por alguns dias.E quando eu sentia o cheiro dela, eu só sentia um cheiro peculiar.Agora não passa de perfume barato.E eu prefiro cheiro de fumaça, eu prefiro cheiro de sexo.E os filmes que passam na tv sempre são os mesmos, assim como as nossas frases feitas e velhas.Antes de acabar tudo, gostaria dizer algumas palavras.Mas eu nunca disse nada, certo?Não é agora que direi.É mais fácil guardar tudo e esmagar até que vire leite.Eu te amei um dia, ah, como eu te amei.E eu ainda vou te matar."
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Entre cartas que nunca tive coragem de enviar, inúmeras derrotas, centenas de dias e quase dois anos, as coisas não parecem ter mudado muito, a não ser o tempo e a jovialidade que escorre pelos dedos como água.E as pessoas constroem seus princípios e sua índole de acordo com suas experiências.Que merda eu construí, hein...
"Não vou dizer que foi ruim,
também não foi tão bom assim."
Nem nunca será.
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Semi
Introdução à um semi-humano;
Somos cromossomos,
Belos seres tétricos,
Somos como somos,
Corações e artefatos bélicos
Só perdoa porque gosta de esquecer
Não sai da mesma página mas ainda tenta ler
Vício é uma palavra cruel, prefiro mania
Alguns não aguentam, preferem terapia
Mais um cigarro e café gelado
Coça um pouco, talvez seja alergia
Agora, seria ótimo ao seu lado
Felicidade é semelhante a epilepsia
Talvez não aguente o próximo cigarro
Garganta preta, um beijo e um escarro
Sorriso no rosto e um punhal nas costas,
Sente a sobriedade da compleição
Prefere as fraturas expostas
Pra não esquecer que ainda tem coração
Amor não morre enquanto não esfria
Enfia o dedo pra parar a hemorragia
Antes de ir embora tão seco quanto quando chegou
Somos cromossomos,
Belos seres tétricos,
Somos como somos,
Corações e artefatos bélicos
Só perdoa porque gosta de esquecer
Não sai da mesma página mas ainda tenta ler
Vício é uma palavra cruel, prefiro mania
Alguns não aguentam, preferem terapia
Mais um cigarro e café gelado
Coça um pouco, talvez seja alergia
Agora, seria ótimo ao seu lado
Felicidade é semelhante a epilepsia
Talvez não aguente o próximo cigarro
Garganta preta, um beijo e um escarro
Sorriso no rosto e um punhal nas costas,
Sente a sobriedade da compleição
Prefere as fraturas expostas
Pra não esquecer que ainda tem coração
Amor não morre enquanto não esfria
Enfia o dedo pra parar a hemorragia
Antes de ir embora tão seco quanto quando chegou
domingo, 20 de setembro de 2009
Fenecer talvez seja o sinônimo mais apropriado para transcender.O tempo e o espaço (re)agem sobre os seres e objetos de forma degenerativa, e os mesmos não transcendem ao tempo e ao espaço, e sim ambos aos seres e objetos.Seja mental ou fisicamente, em progressão, murchamos e erodimos, acabamos por ser nada além de matéria em mutação; no final, o topo da cadeia alimentar nada mais é que alimento para a base da pirâmide.
Escolher foco para o potencial e objetos específicos para preocupação ou tese, não faz a menor diferença, além de perda de tempo, é perda de energia.E outro ano chega perto do fim, e mais uma vez, a sensação e a constatação de que caminhando com as próprias pernas, não se chega a lugar algum, e começa-se a sentir o peso do tempo, das escolhas e dos excessos, seu corpo já não faz as mesmas coisas com a mesma eficiência e vigor, e principalmente, não foi feito nada.Nada além de reclamar e de esperar.Esperar por o quê?Boa pergunta.
Falta sentido, falta sentir.Torpe, em modo de espera, me sinto um mentiroso.Menti para mim mesmo e para os poucos que estavam ao redor, como se fosse regra, nada sobra, todos vão e os restos viram alicerces de torres tortas.Já ouvi por aí que o topo é solitário mas posso afirmar que o limbo é bem pior.
Escolher foco para o potencial e objetos específicos para preocupação ou tese, não faz a menor diferença, além de perda de tempo, é perda de energia.E outro ano chega perto do fim, e mais uma vez, a sensação e a constatação de que caminhando com as próprias pernas, não se chega a lugar algum, e começa-se a sentir o peso do tempo, das escolhas e dos excessos, seu corpo já não faz as mesmas coisas com a mesma eficiência e vigor, e principalmente, não foi feito nada.Nada além de reclamar e de esperar.Esperar por o quê?Boa pergunta.
Falta sentido, falta sentir.Torpe, em modo de espera, me sinto um mentiroso.Menti para mim mesmo e para os poucos que estavam ao redor, como se fosse regra, nada sobra, todos vão e os restos viram alicerces de torres tortas.Já ouvi por aí que o topo é solitário mas posso afirmar que o limbo é bem pior.
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Ouvindo Radiohead sem parar, choramingando por aí e comendo chocolate velho, como se eu fosse uma guria de 12 anos que terminou o namoro e chora as tristezas de estar só mais uma vez.É assim que eu fico se não tomar os remédios por 24 horas, e é tão ruim quanto amor, você precisa disso para estar completo, seja física ou emocionalmente; sem perceber, você passa a ser apenas uma metade.
Café gelado e cigarro, os dentes cada vez mais amarelos, o par de pulmões cada vez mais preto, o coração cada vez mais podre; e tudo junto forma quase um arco-íris, talvez haja alguém que goste.Se os mendigos não reclamam em comer pão mofado e dormir ao relento, por que eu reclamo tanto?Porque eu gosto.
E se ainda há os que vêm aqui ler textos ruins, deve haver por aí algo que torne as coisas um pouco melhores, algo maior que força de vontade, algo melhor que arrogância e bem mais bonito e menos cinza que aqui.Aqui, onde teóricamente eu que mando, onde não há democracia, onde é tudo apenas sobre mim.E é quase ótimo, falta só um pouquinho, eu tenho o mapa do seu coração, falta apenas um bom motivo pra me aventurar por terras tão monótonas.
"Demolição não se baseia em destruir, e sim salvar tudo que for possível." Tenta usar um conceito desses quando a estrutura está condenada...o que sobra é comida para insetos e abrigo para mendigos.Que pelo menos não reclamam em comer pão mofado...
Café gelado e cigarro, os dentes cada vez mais amarelos, o par de pulmões cada vez mais preto, o coração cada vez mais podre; e tudo junto forma quase um arco-íris, talvez haja alguém que goste.Se os mendigos não reclamam em comer pão mofado e dormir ao relento, por que eu reclamo tanto?Porque eu gosto.
E se ainda há os que vêm aqui ler textos ruins, deve haver por aí algo que torne as coisas um pouco melhores, algo maior que força de vontade, algo melhor que arrogância e bem mais bonito e menos cinza que aqui.Aqui, onde teóricamente eu que mando, onde não há democracia, onde é tudo apenas sobre mim.E é quase ótimo, falta só um pouquinho, eu tenho o mapa do seu coração, falta apenas um bom motivo pra me aventurar por terras tão monótonas.
"Demolição não se baseia em destruir, e sim salvar tudo que for possível." Tenta usar um conceito desses quando a estrutura está condenada...o que sobra é comida para insetos e abrigo para mendigos.Que pelo menos não reclamam em comer pão mofado...
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Não tem nome mas tem endereço.Aqui dentro.Aí fora.Não muito longe e não muito belo, mas gracioso o suficiente para não assustar.Cheio de vazio, procura por qualquer coisa para preencher lacunas, perde o nível cada vez mais e mostra-se tão podre e sujo quanto alguém que preenche orifícios, mas encontra você.E talvez seja mais que o suficiente.É simplesmente uma questão sobre ser menos você e mais mim; é uma grande mentira que o tempo cura as feridas.Inventa e desinventa sentimentos apenas para passar o tempo, como se colocasse o coração no microondas sem saber quantos minutos deve deixar e acaba estragando o banquete.Talvez só fuja das soluções por gostar do conforto de não fazer absolutamente nada que não seja reclamar.Sabe que não vai à nenhum lugar, e nem se importa, pois sabe que em nenhum lugar é tão tedioso e frio quanto em lugar algum.Enquanto for doce, será diabético, e quando der por si, engasgar-se-á com as próprias amídalas - será tarde demais.O último a sair apaga a luz.E deixa tudo escuro mais uma vez.
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
Pai Nosso que não se importa,
Maculado seja o vosso nome,
Venha a nós o vosso desprezo,
Seja (des)feita a vossa vontade,
Assim na terra como em lugar algum.
O pão nosso de cada dia nos nega.
Castigai as nossas ofensas,
Assim como nos vingamos
De quem nos tem ofendido,
Ave maria cheia de pústulas,
Maldita sois vós entre as meretrizes
Satã e Maria,mãe de deus
Rogai por teus filhos abortados
Agora e na hora de nossa morte
Não nos deixei cair em tentação,
Mas livrai-nos do mal.
Em nome do pai,
Do filho
E do espírito Satan.
Amém.
Maculado seja o vosso nome,
Venha a nós o vosso desprezo,
Seja (des)feita a vossa vontade,
Assim na terra como em lugar algum.
O pão nosso de cada dia nos nega.
Castigai as nossas ofensas,
Assim como nos vingamos
De quem nos tem ofendido,
Ave maria cheia de pústulas,
Maldita sois vós entre as meretrizes
Satã e Maria,mãe de deus
Rogai por teus filhos abortados
Agora e na hora de nossa morte
Não nos deixei cair em tentação,
Mas livrai-nos do mal.
Em nome do pai,
Do filho
E do espírito Satan.
Amém.
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Parafraseando a mim mesmo; antes da explosão, a inércia.Tudo calmo, calmo até demais.Como se todos os pseudo-inimigos resolvessem tirar férias juntos, como se toda a dor e toda a frescura se cansassem de mim, simplesmente todos os problemas vão embora, minha única preocupação tem sido tomar os remédios na hora certa.Aceitar as coisas como são torna tudo um pouco mais fácil, muda-se apenas o que incomada o suficiente para fazer mudar de lugar.Conformismo não é nada mal quando simplesmente não se quer gastar do seu enorme potencial e se desfazer de sua excedente arrogância, basta não esperar nada de ninguém, pois não têm nada a oferecer, sonhos são para quem tem medo da realidade.
Catarse vai embora e sobra o que restou, algo perto de um tetraplégico com asas, inérte porém livre.E como tudo que não machuca dura pouco, a única questão relevante no momento, é o momento no qual tudo caíra sobre meu telhado de novo.Como um condenado no corredor da morte, espero sentado e em confortável segurança pela hora da (des)verdade.Ok, eu sempre exagero.Mas algo grande vem por aí.E se não fuder com minha cabeça, vai fuder com meu coração.E eu mal posso esperar.
Catarse vai embora e sobra o que restou, algo perto de um tetraplégico com asas, inérte porém livre.E como tudo que não machuca dura pouco, a única questão relevante no momento, é o momento no qual tudo caíra sobre meu telhado de novo.Como um condenado no corredor da morte, espero sentado e em confortável segurança pela hora da (des)verdade.Ok, eu sempre exagero.Mas algo grande vem por aí.E se não fuder com minha cabeça, vai fuder com meu coração.E eu mal posso esperar.
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Semáforo.
Engole o vômito e espera o sinal fechar.Tonto.Não lembra de onde veio e não tem pra onde ir.No bolso, moedas pequenas, um maço de cigarros semi-vazio e um esqueiro sem gás, no peito, culpa e fumaça.
Amarelo.Lembra-se de dois abortos e da ex-namorada, acende um cigarro e não sabe para qual lado seguir.Tempo demais, pessoas em volta e tenta-se afirmar qual está mais perdida.A úlcera arde e toma concentração e tempo, ferida interior, grande como um olho e pequena como um coração.
Vermelho.E todos andam, cada um para um lugar, cada um para lugar algum, cruzando caminhos e se perdendo e se separando para sempre.Um trago e a esperança de que a dor diminua.Não cessa, não morre.Olha o céu, cinza, infinito.Ninguém mais por perto.
Verde.Alguns passos à frente, e um barulho ensurdecedor.E a verdade vem suave como um murro na boca do estômago, toda a luz se apaga. Cai no chão e aguarda ajuda enquanto os carros desviam e buzinam,o mundo não deixa de girar.
Na faixa de pedestres, o mundo torna-se preto e branco, sangue pelo nariz e a certeza de que irá embora em um saco preto.
Amarelo.Lembra-se de dois abortos e da ex-namorada, acende um cigarro e não sabe para qual lado seguir.Tempo demais, pessoas em volta e tenta-se afirmar qual está mais perdida.A úlcera arde e toma concentração e tempo, ferida interior, grande como um olho e pequena como um coração.
Vermelho.E todos andam, cada um para um lugar, cada um para lugar algum, cruzando caminhos e se perdendo e se separando para sempre.Um trago e a esperança de que a dor diminua.Não cessa, não morre.Olha o céu, cinza, infinito.Ninguém mais por perto.
Verde.Alguns passos à frente, e um barulho ensurdecedor.E a verdade vem suave como um murro na boca do estômago, toda a luz se apaga. Cai no chão e aguarda ajuda enquanto os carros desviam e buzinam,o mundo não deixa de girar.
Na faixa de pedestres, o mundo torna-se preto e branco, sangue pelo nariz e a certeza de que irá embora em um saco preto.
terça-feira, 1 de setembro de 2009
sábado, 29 de agosto de 2009
Embaixo da carne, há a caveira, a verdadeira face, que não se importa com mesuras e que não precisa de metas concretas ou objetivos, garganta queimada e enegrecida e o que vier é melhor que nada.Tão alta quanto o terceiro andar e tão doce quanto ursos de pelúcia, não importa se aí dentro bate um coração, detalhes técnicos e precisos tem mais valor que palavras apressadas e enganos cheios de amor.Um pouco de dor de cabeça, e acordar sozinho não é tão mal assim, pior é não dormir.
Inevitável como as crianças arrancarem cascas dos joelhos quando machucados, tudo termina, e iniciar outra semana sentindo o que sinto agora só aumenta a expectativa da espera por uma nova dor, maior e mais forte.Amor é sexo, impulsos elétricos e químicos; os poetas merecem morrer por transformar algo tão opaco em objeto de culto.Dançar como se evitasse a queda e dizer mentiras ao pé do ouvido torna tudo muito mais excitante e engraçado, saudade termina assim como amor.E terminar sozinho mais uma vez não é nenhuma novidade, mas dessa vez, é mais agradável do que em todas as outras.A cada morte é um pouco mais doloroso, mas não deixa de ser mais divertido.
=========================================================
"Just because I'm losing
Doesn't mean I'm lost
Doesn't mean I'll stop
Doesn't mean I'm across"
Inevitável como as crianças arrancarem cascas dos joelhos quando machucados, tudo termina, e iniciar outra semana sentindo o que sinto agora só aumenta a expectativa da espera por uma nova dor, maior e mais forte.Amor é sexo, impulsos elétricos e químicos; os poetas merecem morrer por transformar algo tão opaco em objeto de culto.Dançar como se evitasse a queda e dizer mentiras ao pé do ouvido torna tudo muito mais excitante e engraçado, saudade termina assim como amor.E terminar sozinho mais uma vez não é nenhuma novidade, mas dessa vez, é mais agradável do que em todas as outras.A cada morte é um pouco mais doloroso, mas não deixa de ser mais divertido.
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"Just because I'm losing
Doesn't mean I'm lost
Doesn't mean I'll stop
Doesn't mean I'm across"
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Não.
Estou me tornando mais que um homem.
Eu sou um verme também.
E eu não preciso saber o quanto você está feliz,
O quão é melhor agora do que era antes.
NÃO.
Não é tão ruim assim,tão tarde da noite,
E ainda tem programas na tv.
Por favor,nos deixe a sós.
Eu,mim e mim mesmo.
Só preciso de alguns bons amigos;
Alcólicos,nicotinados,e ilícitos.
Um nome para cada comprimido.
E a dose fica tão grande quanto uma família feliz.
NÃO.
Não é frio o bastante,não é bom o suficiente.
Que idiota,tentar entender o que não tem explicação.
Não é lindo quando cai e não quebra?
Eu sei bem como é.
Um sorriso.
Desesperado.
Eu sou um verme também.
E eu não preciso saber o quanto você está feliz,
O quão é melhor agora do que era antes.
NÃO.
Não é tão ruim assim,tão tarde da noite,
E ainda tem programas na tv.
Por favor,nos deixe a sós.
Eu,mim e mim mesmo.
Só preciso de alguns bons amigos;
Alcólicos,nicotinados,e ilícitos.
Um nome para cada comprimido.
E a dose fica tão grande quanto uma família feliz.
NÃO.
Não é frio o bastante,não é bom o suficiente.
Que idiota,tentar entender o que não tem explicação.
Não é lindo quando cai e não quebra?
Eu sei bem como é.
Um sorriso.
Desesperado.
terça-feira, 25 de agosto de 2009
Pelo menos por hoje um pouco de cor.Macarrão e Nescau como se fosse um banquete.Tão necessário quanto a fome, sentir isso (que não tem nome) serve pra mostrar que se vive, que se precisa viver.Atira nos pontos fracos com precisão cirurgica, sorri e acende outro cigarro, sente-se feliz por não fazer sentido algum, mas ainda assim, incompleto.Fracos os seres que nascem como metades, a demanda é tão grande quanto a procura, mas se quisesse maçãs podres, colheria no quintal de casa.Básicamente há dias que são piores que os outros dias.Hoje é um desses dias.Quanta (in)diferença.
sábado, 22 de agosto de 2009
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
A vida é baseada em oportnidades.Nas oportunidades que perdemos e nas oportunidades que tiramos proveito para de alguma forma nos edificar.Básicamente, se dá bem ou se dá mal. Até aí, nenhuma novidade, apenas fatos.Mas o que nos faz analisar e escolher dentre as opções disponíveis, ou muitas vezes, permanecer inerte, sem agir? Há quem acredite em destino, há quem acredite em pré-disposição genética e há os que afirmam serem arquitetos de seus próprios destinos (quando no máximo são escavadores das próprias covas).
Definitivamente, não somos livres, não há escolha de nascer ou morrer, estamos presos à matéria e à mercê do tempo.O que se constrói durante uma vida não pode ser apenas aprendizado, não pode ser um meio termo entre vida e morte, não faz sentido perder tempo quando na verdade tempo é tudo que falta.Viver ou sobreviver por si só já é suficientemente pungente, lutar contra a gravidade e o relógio não é nada inteligente, mas não há escolhas a não ser vida e morte.
No que diz respeito à evolução, somos grandiosos e realmente superiores, mas contabilizando os prós e contras, todo o progresso se resume simplesmente à tornar o tempo menos tedioso e a dor mais suave; apenas protelar.Tenta-se transceder a história, o tempo e a própria carne, mas de certo, se fosse descoberta uma forma de burlar as regras da natureza, tudo continuaria vazio e vago, sem começo e sem fim.
E se torna até difícil tentar concluir algo que não pode ser realmente concluído, algo que não tem o menor significado ou importância, como todo e qualquer fato ou ato.De qualquer forma, apenas perdeste alguns minutos de seu tempo lendo esse texto vazio e mal escrito, mas teria perdido seu tempo com qualquer outra coisa se não fosse essa.Tempo é algo que não se tem mas se perde.Sem parar.É assustador e ao mesmo tempo fabuloso ver tudo em volta ruir e o maior consolo de todos é poder ruir junto.
Talvez seja mais fácil apenas viver a vida, sem questões, sem dilemas, sem tentar entender o que se passa, o que o tempo prepara; o que técnicamente, já poupa bastante tempo.Mas quanto tempo?Pra quê?Tudo é relativo; a única excessão mais uma vez, é o tempo.Tempo demais pra tão pouco tempo.
Definitivamente, não somos livres, não há escolha de nascer ou morrer, estamos presos à matéria e à mercê do tempo.O que se constrói durante uma vida não pode ser apenas aprendizado, não pode ser um meio termo entre vida e morte, não faz sentido perder tempo quando na verdade tempo é tudo que falta.Viver ou sobreviver por si só já é suficientemente pungente, lutar contra a gravidade e o relógio não é nada inteligente, mas não há escolhas a não ser vida e morte.
No que diz respeito à evolução, somos grandiosos e realmente superiores, mas contabilizando os prós e contras, todo o progresso se resume simplesmente à tornar o tempo menos tedioso e a dor mais suave; apenas protelar.Tenta-se transceder a história, o tempo e a própria carne, mas de certo, se fosse descoberta uma forma de burlar as regras da natureza, tudo continuaria vazio e vago, sem começo e sem fim.
E se torna até difícil tentar concluir algo que não pode ser realmente concluído, algo que não tem o menor significado ou importância, como todo e qualquer fato ou ato.De qualquer forma, apenas perdeste alguns minutos de seu tempo lendo esse texto vazio e mal escrito, mas teria perdido seu tempo com qualquer outra coisa se não fosse essa.Tempo é algo que não se tem mas se perde.Sem parar.É assustador e ao mesmo tempo fabuloso ver tudo em volta ruir e o maior consolo de todos é poder ruir junto.
Talvez seja mais fácil apenas viver a vida, sem questões, sem dilemas, sem tentar entender o que se passa, o que o tempo prepara; o que técnicamente, já poupa bastante tempo.Mas quanto tempo?Pra quê?Tudo é relativo; a única excessão mais uma vez, é o tempo.Tempo demais pra tão pouco tempo.
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Frase do dia;
Quanto mais só, melhor.
E por aí, o que mais se encontra são pessoas com medo da solidão, medo da dor de não ter quem os defenda de si próprios, medo de si mesmo.Por serem tão monstruosos ou apenas por serem rasos e opacos, é sempre bem mais fácil fugir do que aflige, mas não há formas de fugir de si próprio, e como todo bom culpado, negam as consequências até o último minuto, anestesiar a dor se torna a única e melhor alternativa de quem não possui nada além de falsas memórias de falsas histórias.Talvez, antes mal acompanhado do que só.
Os mortos, morrem para serem esquecidos, os vivos, vivem para esquecer.Saudade passa, dor acaba.Pessoas são absolutamente substituíveis, e sabem disso, vêm e vão, e sempre, só sobra um.Você.A fila anda, e não pára nunca, vida é barata e está em todo lugar, as fontes secam e então vira-se as costas e procura-se um novo alvo.Relações de qualquer espécie são parasitárias, onde por mais que haja troca, a intenção é sempre trazer algo para si, sempre benefício próprio.O que não é de todo mal, pois quanto com mais carinho se cultiva algo, mais bonito cresce.Mas mais uma vez ,potencial direcionado para o lugar errado, sementes podres não florescem.Básicamente, não existe amor senão o próprio.
==================================
"Lay this to rest, Console yourself,
You're better alone, Destroy yourself,
See who gives a fuck, Absorb yourself,
You're better alone, Destroy yourself."
Quanto mais só, melhor.
E por aí, o que mais se encontra são pessoas com medo da solidão, medo da dor de não ter quem os defenda de si próprios, medo de si mesmo.Por serem tão monstruosos ou apenas por serem rasos e opacos, é sempre bem mais fácil fugir do que aflige, mas não há formas de fugir de si próprio, e como todo bom culpado, negam as consequências até o último minuto, anestesiar a dor se torna a única e melhor alternativa de quem não possui nada além de falsas memórias de falsas histórias.Talvez, antes mal acompanhado do que só.
Os mortos, morrem para serem esquecidos, os vivos, vivem para esquecer.Saudade passa, dor acaba.Pessoas são absolutamente substituíveis, e sabem disso, vêm e vão, e sempre, só sobra um.Você.A fila anda, e não pára nunca, vida é barata e está em todo lugar, as fontes secam e então vira-se as costas e procura-se um novo alvo.Relações de qualquer espécie são parasitárias, onde por mais que haja troca, a intenção é sempre trazer algo para si, sempre benefício próprio.O que não é de todo mal, pois quanto com mais carinho se cultiva algo, mais bonito cresce.Mas mais uma vez ,potencial direcionado para o lugar errado, sementes podres não florescem.Básicamente, não existe amor senão o próprio.
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"Lay this to rest, Console yourself,
You're better alone, Destroy yourself,
See who gives a fuck, Absorb yourself,
You're better alone, Destroy yourself."
domingo, 16 de agosto de 2009
Jardim de Cactus
Não há borboletas no meu jardim de Cactus
A grama é morta como o céu
Não há esperança para as sementes enterradas
Eu posso afogar todo o brilho nos meus olhos
Pois nenhuma luz passará por aqui
Porque eu ainda tento,
Se apenas insetos povoam meu jardim?
Vale o esforço, não estou só
Meu irmão nasceu morto
Plantei-o no jardim
Nunca vi árvore por aqui
Em silêncio permaneço
O silêncio dos culpados
Assim ninguém se lembrará de mim
O sol se esconde do meu jardim de Cactus
As nuvens brincam comigo
Espinhos como pétalas, toque e sangre
Eu cultivo a dor para tomar um banho de lágrimas
E furo meus olhos para alguma flor então surgir
A grama é morta como o céu
Não há esperança para as sementes enterradas
Eu posso afogar todo o brilho nos meus olhos
Pois nenhuma luz passará por aqui
Porque eu ainda tento,
Se apenas insetos povoam meu jardim?
Vale o esforço, não estou só
Meu irmão nasceu morto
Plantei-o no jardim
Nunca vi árvore por aqui
Em silêncio permaneço
O silêncio dos culpados
Assim ninguém se lembrará de mim
O sol se esconde do meu jardim de Cactus
As nuvens brincam comigo
Espinhos como pétalas, toque e sangre
Eu cultivo a dor para tomar um banho de lágrimas
E furo meus olhos para alguma flor então surgir
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
O tempo passa devagar, e cada vez mais me sinto velho, a sensação de longevidade e imortalidade seca e murcha, como as plantas que amarelam e morrem em silêncio.Meus pulmões não são mais os mesmos; experiência básicamente se ganha quando se fode.E me fode.Na cara.Com força.Uma das dúvidas mais perturbadoras é tentar advinhar se somos todos inexoravelmente auto-destrutivos pelo simples ato de respirar e biodegradar ou se o tempo é a maior grandeza existente, assumindo forma de uma deidade sem forma, criando, erodindo, destruindo matéria.Que não necessáriamente morre, apenas muda de forma.
De qualquer maneira, estamos presos ao tempo que nos faz chegar atrasados e que nos mata com o tempo, estamos presos à rotina que nos impede de provar coisas novas, presos às coisas novas que logo se tornam rotina e com o tempo deixam de ser novas, presos ao que temos e tememos perder, ao que não temos e desejamos, definitivamente, não somos livres.Perca tempo antes que o tempo acabe.Invariavelmente, irás se arrepender, o futuro serve apenas pra isso com relação ao presente e o passado.
Quando somos crianças esperamos com expectativa a adolescência,a liberdade, as novidades; quando somos adolescentes criamos identidades baseadas em experiências e básicamente, procuramos satisfazer desejos(pra quê mais vivemos se não desejar?),quando somos adultos, procuramos o máximo possível de compleição,de segurança,quando somos velhos,estamos tão desgastados que apenas servimos para receber visitas no natal e olhar pro passado com descontentamento.O tempo é cruel, mas de certo, se fossemos imortais, acabariamos todos por nos matarmos.Entediante demais isso de continuar preso à si próprio.
De qualquer maneira, estamos presos ao tempo que nos faz chegar atrasados e que nos mata com o tempo, estamos presos à rotina que nos impede de provar coisas novas, presos às coisas novas que logo se tornam rotina e com o tempo deixam de ser novas, presos ao que temos e tememos perder, ao que não temos e desejamos, definitivamente, não somos livres.Perca tempo antes que o tempo acabe.Invariavelmente, irás se arrepender, o futuro serve apenas pra isso com relação ao presente e o passado.
Quando somos crianças esperamos com expectativa a adolescência,a liberdade, as novidades; quando somos adolescentes criamos identidades baseadas em experiências e básicamente, procuramos satisfazer desejos(pra quê mais vivemos se não desejar?),quando somos adultos, procuramos o máximo possível de compleição,de segurança,quando somos velhos,estamos tão desgastados que apenas servimos para receber visitas no natal e olhar pro passado com descontentamento.O tempo é cruel, mas de certo, se fossemos imortais, acabariamos todos por nos matarmos.Entediante demais isso de continuar preso à si próprio.
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
terça-feira, 11 de agosto de 2009
Palavras e noções, tão relativo e volúvel, tudo tão superestimado que talvez muitos se esqueçam ou nem tenham uma verdadeira razão para certos costumes ou convicções, vide religiões em geral por exemplo.São definidas as atitudes certas e banidas as supostamente erradas e prejudiciais,um código moral pré definido e altruísta, onde o maior altruísmo é segui-lo.
A forma como fundamentos do tipo "honra e orgulho" são cultuados e "necessários" para ser uma pessoa de boa índole muitas vezes leva algumas pessoas a agirem como idiotas.Não quero me aprofundar em exemplificar situações e parecer cruel ou sem coração, mas muitas vezes as pessoas deixam de ser felizes ou pelo menos de saírem ilesas de certas situações em nome de dogmas e atitudes pré-conceituadas e projetadas.Há ainda, os conceitos vistos como amorais, egoísmo ou inveja por exemplo.Vontade de sucesso e o vago ato de desejar tornam-se pecado.
E a auto preservação e a intenção e vontade de sucesso pessoal são vistas como monstruosidades, e a vontade de possuir pra si, de simplesmente desejar, é transformada em desvio de caráter.Sentimentos e atitudes que no mínimo elevariam alguém passam a ser degenerativas do ponto de vista moral.Quem se beneficia com isso se não quem tem produtos à vender ou verdades por enfiar gargantas abaixo?
Não se perdoa inimigos, não se luta causas perdidas, não se fica na pior, a menos que seja uma pessoa com um orgulho gigante ou que seja dotada da tão nobre honra.E esses sentimentos inventados (assim como qualquer outro sentimento) tem qual utilidade se não nos atrasar?Sentimentos se inventa, seja amor, ódio, prazer ou dor, e cada um tem um propósito, o amor nos preenche, o ódio nos dá força, a dor nos preserva; e para que servem honra ou orgulho?Glória de tolo.
Potencial direcionado para o lugar errado; e o progresso pessoal é posto de lado e trocado por uma vida em grupo e estagnada, pois um grupo se desenvolve junto, e sintonia e simbiose não se encontra em relações baseadas em regras e conceitos degenerados, é impossível crescer em grupo quando não são todos iguais, e quando são todos iguais, a falta de diversidade torna-se a causa da estagnação.
É incrível como após várias mentes brilhantes, progresso exponencial e inventos fabulosos o gênero humano continua sendo tão agressivo e inconsequente.Guerras em nome da paz, leis defeituosas, mentiras e um pouco do mal que existe dentro de cada um de nós; para cada ponto positivo, dois negativos.Se depois de quatro mil anos de civilização o homem continua tão animal, não há motivos para comemorar ou declarar superioridade sobre qualquer outra coisa, viva ou não.Talvez não haja atitude ou progresso maior do que isolar-se e procurar crescer sozinho.O mundo é grande o suficiente para abrigar bilhões de mundos em cada pessoa.
A forma como fundamentos do tipo "honra e orgulho" são cultuados e "necessários" para ser uma pessoa de boa índole muitas vezes leva algumas pessoas a agirem como idiotas.Não quero me aprofundar em exemplificar situações e parecer cruel ou sem coração, mas muitas vezes as pessoas deixam de ser felizes ou pelo menos de saírem ilesas de certas situações em nome de dogmas e atitudes pré-conceituadas e projetadas.Há ainda, os conceitos vistos como amorais, egoísmo ou inveja por exemplo.Vontade de sucesso e o vago ato de desejar tornam-se pecado.
E a auto preservação e a intenção e vontade de sucesso pessoal são vistas como monstruosidades, e a vontade de possuir pra si, de simplesmente desejar, é transformada em desvio de caráter.Sentimentos e atitudes que no mínimo elevariam alguém passam a ser degenerativas do ponto de vista moral.Quem se beneficia com isso se não quem tem produtos à vender ou verdades por enfiar gargantas abaixo?
Não se perdoa inimigos, não se luta causas perdidas, não se fica na pior, a menos que seja uma pessoa com um orgulho gigante ou que seja dotada da tão nobre honra.E esses sentimentos inventados (assim como qualquer outro sentimento) tem qual utilidade se não nos atrasar?Sentimentos se inventa, seja amor, ódio, prazer ou dor, e cada um tem um propósito, o amor nos preenche, o ódio nos dá força, a dor nos preserva; e para que servem honra ou orgulho?Glória de tolo.
Potencial direcionado para o lugar errado; e o progresso pessoal é posto de lado e trocado por uma vida em grupo e estagnada, pois um grupo se desenvolve junto, e sintonia e simbiose não se encontra em relações baseadas em regras e conceitos degenerados, é impossível crescer em grupo quando não são todos iguais, e quando são todos iguais, a falta de diversidade torna-se a causa da estagnação.
É incrível como após várias mentes brilhantes, progresso exponencial e inventos fabulosos o gênero humano continua sendo tão agressivo e inconsequente.Guerras em nome da paz, leis defeituosas, mentiras e um pouco do mal que existe dentro de cada um de nós; para cada ponto positivo, dois negativos.Se depois de quatro mil anos de civilização o homem continua tão animal, não há motivos para comemorar ou declarar superioridade sobre qualquer outra coisa, viva ou não.Talvez não haja atitude ou progresso maior do que isolar-se e procurar crescer sozinho.O mundo é grande o suficiente para abrigar bilhões de mundos em cada pessoa.
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Como se fosse ar, entra pelas narinas, preenche por dentro, perfura os poros, faz a força da gravidade curvar qualquer sorriso para baixo e esmaga no chão qualquer sentimento, logo este, o sentimento mais nobre de todos.Ou não.Desprezo é fundamental.E absolutamente necessário; protege, cultiva, (i)macula.
Não algo como conter a vontade de sorrir, e sim apenas sentir uma espécie de medo de sorrir pra ti, as pernas tremerem e chegarem ao ponto de quase me derrubarem do alto da minha inteligência só de vê-la não me vendo.Até onde vai tudo isso?Estou parecendo uma menina de onze anos com sonhos encantados e coloridos sobre amor, principes e princesas.
Polaridades diferentes, dentes cerrados e vontade de ir embora pra qualquer lugar ou lugar nenhum.O primeiro ônibus depois do seu serve.Todos os clichês baratos sobre amor se encaixam com perfeição nessas lacunas cinza e rosa, e te acompanhar com os olhos desde o outro lado da avenida e só perceber que sorrio quando você quase já chegou inspira vontade para mais outro sorriso.
À propósito, desisti dos cigarros mais uma vez.Já perdi a conta das idas e voltas, mas não faz diferença, apenas por não ser nem a primeira nem última vez que acontece.Um trago do seu cheiro quando passas torna-se quase o suficiente;inebria, sufoca.Malditas sejam as musas, vomita pra fora o coração, tudo isso não passa de vislumbre.Vislumbre de quase três meses."Amor se inventa,amor se mata".E se torna como as cascas das feridas, que quanto mais coçam, mais demoram para cicatrizar.
Asmático, anêmico e amarelo.Só falta você.Só falta eu mesmo.E ao mesmo tempo, não fazemos a menor falta.Meu altar é um ponto de ônibus e meu amor não tem nome, não mora em dicionário algum.Quem não precisa de nada não tem nada a desejar.Um sorriso por todos os conflitos contraditórios e monólogos com interlocutores que permanecem gritando todos os dias aqui dentro.
Mata o amor.
Não algo como conter a vontade de sorrir, e sim apenas sentir uma espécie de medo de sorrir pra ti, as pernas tremerem e chegarem ao ponto de quase me derrubarem do alto da minha inteligência só de vê-la não me vendo.Até onde vai tudo isso?Estou parecendo uma menina de onze anos com sonhos encantados e coloridos sobre amor, principes e princesas.
Polaridades diferentes, dentes cerrados e vontade de ir embora pra qualquer lugar ou lugar nenhum.O primeiro ônibus depois do seu serve.Todos os clichês baratos sobre amor se encaixam com perfeição nessas lacunas cinza e rosa, e te acompanhar com os olhos desde o outro lado da avenida e só perceber que sorrio quando você quase já chegou inspira vontade para mais outro sorriso.
À propósito, desisti dos cigarros mais uma vez.Já perdi a conta das idas e voltas, mas não faz diferença, apenas por não ser nem a primeira nem última vez que acontece.Um trago do seu cheiro quando passas torna-se quase o suficiente;inebria, sufoca.Malditas sejam as musas, vomita pra fora o coração, tudo isso não passa de vislumbre.Vislumbre de quase três meses."Amor se inventa,amor se mata".E se torna como as cascas das feridas, que quanto mais coçam, mais demoram para cicatrizar.
Asmático, anêmico e amarelo.Só falta você.Só falta eu mesmo.E ao mesmo tempo, não fazemos a menor falta.Meu altar é um ponto de ônibus e meu amor não tem nome, não mora em dicionário algum.Quem não precisa de nada não tem nada a desejar.Um sorriso por todos os conflitos contraditórios e monólogos com interlocutores que permanecem gritando todos os dias aqui dentro.
Mata o amor.
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Sensação familiar de que tudo apenas volta ao normal.Não afirmar estar perdido apenas por não ter aonde ir e rir dos próprios erros.Ninguém disse que seria fácil, mas não imaginei que fosse tão fácil assim.Sentar e não fazer nada, mostrar que é possível sentir tanta coisa sem ter um único sentimento; eu também tenho coração.As feridas não fazem diferença, e sim o sorriso.Não é mais tão excitante brincar de arquiteto, construir torres que desabam, navios que afundam ou corações novos, esse já é o suficiente.Talvez sejam empreendimentos grandes demais pra mim, simplesmente.Depois da inércia, a explosão.E é quase por tudo que eu esperei.Falta apenas a sua alma.Falta apenas aprender a voar, pois já tem asas, já tem ódio e novos espinhos verdes.O melhor das feridas é que se transformam em cascas, que se transformam em nova pele.Eu não tenho medo.Pois não tenho nada.
"Eu prefiro dentro do buraco porque pelo menos dentro do buraco eu me sinto assim."
"Eu prefiro dentro do buraco porque pelo menos dentro do buraco eu me sinto assim."
quarta-feira, 8 de julho de 2009
terça-feira, 30 de junho de 2009
domingo, 28 de junho de 2009
Tudo tão claro e atordoante, como só o vazio consegue ser, nenhuma questão e nenhuma resposta, apenas plenitude.Sentir falta do que não existe dá espaço pra inventar pessoas e corações e sentimentos.Que se mata, cava e enterra.Não.Persistente o suficiente pra pedir um murro na boca do estômago, não vai embora, torna-se o "mim".Inércia é o suficiente por enquanto,é melhor que a dor, é até melhor que reclamar.Logo o despertar mata as ilusões e tudo volta ao (a)normal.
Não tem a menor graça esperar por quem não vem,ou ir sem te esperarem.E todo aquele êxtase, como se o circo tivesse chegado à cidade, não vem apenas porque você também não veio.Nem virá.E é ótimo não ter problemas pra se preocupar ou pessoas com quem se importar; você em um altar e eu só o visito quando desejo, só te amo quando quero.Por fim, dormir mostra-se um ótimo remédio contra a insanidade, e única coisa que talvez sirva de proteção é o "acima de tudo amar a si próprio".
Um coração.
(Se tiveres um.)
Não tem a menor graça esperar por quem não vem,ou ir sem te esperarem.E todo aquele êxtase, como se o circo tivesse chegado à cidade, não vem apenas porque você também não veio.Nem virá.E é ótimo não ter problemas pra se preocupar ou pessoas com quem se importar; você em um altar e eu só o visito quando desejo, só te amo quando quero.Por fim, dormir mostra-se um ótimo remédio contra a insanidade, e única coisa que talvez sirva de proteção é o "acima de tudo amar a si próprio".
Um coração.
(Se tiveres um.)
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