sábado, 31 de dezembro de 2011

Pra você, que não vai ler

Eu sou o provedor
Doador, dôo a dor
Minha dor, poesia,
Mais do que você merecia
Seus olhos de esfinge desviam dos meus
E eu não quero te olhar nunca mais

Animal vertebrado,
Sozinho ao seu lado,
Eu não fico nunca mais

Autodidata, passou da data,
Validade de consumo expirada
Cuidado com a diarréia

O Ing e o yang estão fazendo 69
Os ponteiros do relógio estão fudendo
Quanto mais eu rasgo, menos remove,
Percebo que sou eu que estou morrendo

E você tropeça numa poça de porra
E eu me afogo numa poça de lágrimas
A gente só tem aquilo que merece
E eu acabo de entender porque não tenho nada