quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Milhões de ácaros no meu travesseiro e ainda assim me sinto só.Doloroso como quando cai xampu no olho durante o banho, me derruba, e é melhor nem sair do chão para evitar problemas maiores.E a cada vez que digo que é a última vez que farei algo, sinto como se fosse apenas a primeira, como se minhas palavras e desejos não tivessem nenhuma força e não fizessem a menor diferença para mim mesmo.Quem me guia é o vento.O greeter wind of change que virou just a breeze.

Uma porrada de drama, café, um cigarro a varejo, Billie Holliday e chiclete de morango.Não machuca mas dói, não é físico mas é quase palpável, e assim como em todas as outras vezes, não faz o menor sentido e não tem nenhum motivo.E o grande Napoleão levanta uma bandeira branca e bate em retirada.O fim não tem fim.Já é um bom começo.

Me sinto como um canhoto escrevendo com a mão direita (ou vice-versa).Tudo errado, fora do lugar.Vontade de ir ao zoológico, de comer sorvete de limão.Falta sentido.Falta sentir.Esse blógue anda decadente como um alcólatra sem bebida.Preciso de férias de mim mesmo, dar um tempo de seja lá o que for.Prefiro trocar toda essa bosta por uns desenhos animados onde as pessoas tem poderes, doces e um pouco de pornografia.

Até qualquer dia, garotada^^

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Oito mil e seiscentos frames por segundo, o tempo passa tão rápido que não percebemos, a cada suspiro, a cada trago, fica a sençasão de que nada vale a pena, de que mais poderia ter sido feito.Tempo perdido não volta, e o tempo por vir sempre passa correndo, é difícil, e ao mesmo tempo, simples como equações de terceiro grau.


Quanto mais as coisas mudam, mais continuam iguais, o que fica para trás sempre volta com outros rostos e outros nomes, com os mesmos efeitos, deixando buracos iguais ou maiores que os anteriores, como se o ser humano tivesse necessidade de preencher cada lacuna vazia com qualquer coisa apenas para não estar vazio, e substitui incansável e sucessivamente, até que uma hora desiste para sempre.


Como se desse voltas em um círculo inexato, a vida se repete de formas novas, começando com tudo para então terminar, e terminando para recomeçar, o tempo é um objeto que não cabe na estante do quarto, inimigo, invisível, intocável, e ao mesmo tempo, belo e sublime.


No fim de tudo, percebe-se que se saiu do lugar, mas não se foi à lugar algum.Por que impedir o nada de existir criando problemas, sonhos e emoções?Talvez o principal problema do ser humano seja querer ser umano demais, mais humano que o compete.Não importa quanto tempo se perde.De qualquer forma, o fim é o clímax.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Um pouco de música brega pra ver se desce o nó na garganta.
Raimundo Fagner - Canteiros


Quando penso em você
Fecho os olhos de saudade
Tenho tido muita coisa
Menos a felicidade


Correm os meus dedos longos
Em versos tristes que invento
Nem aquilo a que me entrego
Já me dá contentamento


Pode ser até manhã
Cedo, claro, feito o dia
Mas nada do que me dizem me faz sentir alegria


Eu só queria ter do mato
Um gosto de framboesa
Pra correr entre os canteiros
E esconder minha tristeza
E eu ainda sou bem moço pra tanta tristeza ...
Deixemos de coisa, cuidemos da vida
Senão chega a morte
Ou coisa parecida
E nos arrasta moço
Sem ter visto a vida

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Diarréia, vômito, febre, dois dias sem dormir, saudade, fome, uma nova lista de reclamações, dor de cabeça, e dor de coração.
E o carnaval tá só começando.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Já é a sexta ou sétima vez, mas esta, tem um ar de urgência e um peso estranho.
Espero que seja definitivo.
Chega de cigarros.
Nunca mais(mesmo nunca dizendo nunca).


Que venham os chicletes de morango.
E os copos de café.
E os remédios para dormir.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Leaving Entropia

Movimentos involuntários, espasmos musculares e cerca de seis horas de sono a cada 24 horas.Sinto-me cansado, um pouco envelhecido, e ao mesmo tempo, inexplicavelmente bem.Dores ao longo da espinha, ocasionalmente uma sensação como se a cabeça fosse explodir e bastante sono.Cerca de um litro de café ao dia me mantém de pé.Duas bolinhas seguram a onda tão bem quanto três ou quatro.E eu consigo provar o contrário, justamente o oposto de sua afirmação.É possível sim viver feliz sem um coração.E o mais estranho (e provavelmente o melhor) de tudo, é que cada vez me torno mais apático, mais alheio a mim mesmo.Já não me importo com sonhos, não me importo sequer em dormir.Já não penso em mim o tempo inteiro, agora penso em ninguém.Não necessariamente melhor, mas menos doloroso e menos trabalhoso.Como se destruísse toda a antiga estrutura para construir algo novo por cima.Há as feridas que nem o tempo conseguem apagar.E isso está longe de ser algo ruim.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

"Ela sabia o que queria e não era
Eu.
Conheço mais mulheres desse tipo
Do que de qualquer outro."

                              Charles Bukowski

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Não se importa em dormir no chão, não faz questão que a água seja filtrada e não se importa de mijar em público.Não usa máscaras, sapatos ou roupas, não sabe mentir, e de certo que se soubesse, jamais o faria.Olha fixo para lugar nenhum, como se possuísse em seu par de bílhas castanhas toda a sabedoria do mundo, tudo tão simples, fácil e verídico que nenhum cientista ou filósofo poderia explicar.

Chego a sentir inveja da forma como não vê problema em nenhuma adversidade ou obstáculo, quando não resolve de determinada forma, consegue de outra, e mesmo com sua cordenação motora quase nula, faz tudo o que deseja.Faz tudo parecer tão simples, não tem grandes ambições ou qualquer tipo de plano, vive o presente e nunca se machucou.Talvez tenha a fórmula para permanecer jovem mesmo em seus últimos momentos.

Livre de pensamentos, dorme no chão da sala no meio do caminho, não se importa que passem por cima contanto que não machuquem, tem todo o amor do mundo dentro de um coração um pouco maior que uma uva, centenas de batimentos por minuto, vida é palpável, basta tocá-lo.Inocente como a criança mais pura, não precisa de nada, mesmo que não tenha nada.

Se as pessoas prestassem um pouco de atenção em seus cachorros, talvez aprendessem valorosas lições de vida e fossem pessoas bem melhores.Parece que a cada dia aprendo algo novo, no mínimo dou um ótimo e satisfeito sorriso.Apesar de ser um cagão(literalmente), não dá trabalho algum, pelo contrário.Enquanto pessoas perdem vidas inteiras procurando por pessoas, eu tenho meu cachorro, que me agradece com lambidas o simples fato de eu estar ao seu lado.Esse tipo de sinceridade é algo que nenhum humano nunca poderá oferecer a outro, por mais que queira.