segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Oito mil e seiscentos frames por segundo, o tempo passa tão rápido que não percebemos, a cada suspiro, a cada trago, fica a sençasão de que nada vale a pena, de que mais poderia ter sido feito.Tempo perdido não volta, e o tempo por vir sempre passa correndo, é difícil, e ao mesmo tempo, simples como equações de terceiro grau.


Quanto mais as coisas mudam, mais continuam iguais, o que fica para trás sempre volta com outros rostos e outros nomes, com os mesmos efeitos, deixando buracos iguais ou maiores que os anteriores, como se o ser humano tivesse necessidade de preencher cada lacuna vazia com qualquer coisa apenas para não estar vazio, e substitui incansável e sucessivamente, até que uma hora desiste para sempre.


Como se desse voltas em um círculo inexato, a vida se repete de formas novas, começando com tudo para então terminar, e terminando para recomeçar, o tempo é um objeto que não cabe na estante do quarto, inimigo, invisível, intocável, e ao mesmo tempo, belo e sublime.


No fim de tudo, percebe-se que se saiu do lugar, mas não se foi à lugar algum.Por que impedir o nada de existir criando problemas, sonhos e emoções?Talvez o principal problema do ser humano seja querer ser umano demais, mais humano que o compete.Não importa quanto tempo se perde.De qualquer forma, o fim é o clímax.

3 comentários:

Universo disse...

a mente é vazia. jamais será preenchida. por mais que se busque preenche-la - o que nos define como humanos - estamos fadados à vaziês.

Universo disse...

e seu tópico reforçou essa percepção no meu ser.

Madame Morte disse...

=/