sábado, 7 de fevereiro de 2009

A faca rasga.E eu choro.(MAIS).Ele sorri,a pele é fina e eu amarelo.Sangra.E ele sorri.O sangue escorre,nunca acaba,uma fonte interior,uma ponte inferior,um NADA.Ele sorri com dentes brancos,não se suja com meu sangue.Para dentro e para fora,a faca transa comigo.O sorriso não morre no rosto dele.Nenhum brilho em seus olhos,nenhuma visão em seu brilho.Queima.Devagar.Abre caminho por rios vermelhos como um desbravador.Com um sorriso de ferro,imortal.A faca brinca e ele não cansa,para dentro e para fora.Eu grito,ele gosta,eu choro,ele para para secar minhas lágrimas.Sim,ele tem sentimentos.Hojeeu descobri,a dor é vermelha.Dói tanto!Por quê ele não termina logo?!O sangue estanca,o chão tem minha cor interna.Agora eu faço parte do lugar.Dedo por dedo,pedaço por pedaço,ninguém nunca mais me dirá adeus.agora eu sou nós.Nós todos,vermelhos,sangrados,espalhados por todo o chão.Ele se senta ao meu lado.Pergunta se estou bem.Porque ele se importa comigo.Ele só queria conversar.Eu não devia ter corrido,Talvez tivesse sido mais fácil sorrir de volta e dizer olá.



(De um sonho.)