quinta-feira, 24 de setembro de 2009

"E eu aperto minhas perversões de acabar com você tão forte que elas acabam sufocando.E eu adoro quando elas me exitam, e eu sempre tenho que matá-las com orgasmos.Se eu sou um anjo o céu me esqueceu.Nós que não somos filhos de deus não pensamos em pensar.E quando minhas mãos coçam,seu rosto brilha.Quando eu canso ela continua limpa.O jogo é sem fim apenas porque não começou.Enquanto somos imortais,beijemos nossas bocas sujas e lambamos nossos sorrisos,se sentirmos o gosto de cada dente,talvez cada palavra faça sentido.De longe parecia tão bela, mas não passava de um monstrinho.E os monstrinhos sem garras são os mais perigosos, os dentes que sorriem mordem e mastigam com amor.

Ame e odeie cada pedaço que você arrancou, coma todos eles, pois doeu bastante.Monstro.E o que sobrou já enforca outras perversões, cresce e nasce,suas veias devem ter vida, semém tem cor de neve, talvez tenha alguma relação com o quanto somos frios.Um argumento nada relevante, tanto quanto amor.Se tudo isso tivesse sentido eu não teria pensado nenhuma dessas palavras, se eu houvesse pensado cada coisa que digo teria sido bem mais engraçado.Porque um eu te amo pode ser tão pesado quanto uma montanha e tão apertado quanto os nós dos meus sapatos ou os nós com que você me enforcou.Eu preciso sair desse buraco.Só mais uma, a última.

Já nem tem mais tanta graça, já não enxergo mais esse tal amor.E ela dispara palavras como dispara espinhos.Simplesmente ela tem mira ruim.E nenhum desses me acertou tão bem quanto o ódio que eu tenho por nós dois.Eu te odeio.Eu me odeio.Maldita seja.Se eu te beijar mais uma vez eu estarei mentindo mais uma vez.O amor virou nojo,querida.Com as mesmas mãos suadas que seguram as suas eu seguro o laço e as secreções mais broxantes vêem a luz do dia.E eu só uso porque ele cresce,e eu só mato porque vive.E o propósito sempre foi machucar de propósito, mesmo quando foi sem querer.Mordeu os meus lábios só pra ficar com eles.Apenas sorri de volta para não ter que dá-los.Todas as verdades pareceram reais por alguns dias.E quando eu sentia o cheiro dela, eu só sentia um cheiro peculiar.Agora não passa de perfume barato.E eu prefiro cheiro de fumaça, eu prefiro cheiro de sexo.E os filmes que passam na tv sempre são os mesmos, assim como as nossas frases feitas e velhas.Antes de acabar tudo, gostaria dizer algumas palavras.Mas eu nunca disse nada, certo?Não é agora que direi.É mais fácil guardar tudo e esmagar até que vire leite.Eu te amei um dia, ah, como eu te amei.E eu ainda vou te matar."

===========================================

Entre cartas que nunca tive coragem de enviar, inúmeras derrotas, centenas de dias e quase dois anos, as coisas não parecem ter mudado muito, a não ser o tempo e a jovialidade que escorre pelos dedos como água.E as pessoas constroem seus princípios e sua índole de acordo com suas experiências.Que merda eu construí, hein...
 
"Não vou dizer que foi ruim,
também não foi tão bom assim."
 
Nem nunca será.

2 comentários:

Diana Valentina disse...

penso que o amor é uma das melhores coisas que existem no mundo. claro, existem outras. mais objetivas, diretas e capazes de nos satisfazer melhor.
mas é também algo que machuca, tira pedaço e faz sangrar.
mas ainda não desisto.
desisto às vezes de mandar cartas. de mandar pedaços meus em papel, porque ainda dói.

Não importa disse...

"E os monstrinhos sem garras são os mais perigosos, os dentes que sorriem mordem e mastigam com amor."

Rsss... Gostei da comparação.

Várias coisas me vieram à mente enqto lia essa carta sem destinatário. Tbm já tive um amor q virou nojo. Amar demais às vezes faz mal, eu acho. Vc nunca deve ultrapassar o limite do amor próprio.

Sobre os cheiros... Na hora, lembrei de um link cômico que me enviaram hj: http://www.essenciafeminina.com/pagina_encomenda.php


E sobre o blog... Ah, parei de escrever. Desde que fechei o blog, só postei 2 vezes. Dei uma desligada mesmo. Não tenho sequer visitado os blogs que eu gosto. Não percebeu q parei de comentar aqui? Ando sem tempo mesmo.

Mas uma hora eu volto. Prometo.