segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Pessoas são iguais básicamente, você conhece uma, e conhece todas(salvo pouquissímas exceções).Atitudes previsíveis, reações mais previsíveis ainda, e um balde de merda saindo de cada boca que sempre ousa falar.Todos provam por excelência serem a mesma caricatura, o mesmo estereótipo, não temos rosto, somos todos o mesmo, e é algo detestável.

Não adianta negar que você é você e que é diferente justamente por ser você, mais uma vez estará agindo como todos, e não falo isso desejando que sejas diferente ou dizendo o que é certo ou errado, é apenas uma constatação; em vez de pulmões, temos ego dentro da caixa toráxica, que nos infla, que nos é principal e primária fonte de vida.

Depois de um certo tempo, por hábito ou convivência, você acaba por descobrir as preferências e "regras" de cada pessoa, e consequentemente, começa a pensar "sabia que era isso que ia acontecer" quando acontece; tornamo-nos previsíveis com o tempo, as máscaras que criamos (e sempre criamos) começam a não esconder tanto quanto antes, e no final, muitas vezes, quando não há decepção ou corações quebrados, acaba-se por ver que "é só isso aí", nada demais à oferecer.

O problema é que sempre esperamos algo de alguém, quando no máximo devemos saber que não devemos esperar nada de ninguém.Talvez seja por isso que algumas pessoas sempre estejam procurando por novas pessoas, precisam disso, dessa "mágica" que há no início de todas relações, dessa coisa descartável e perecível que sempre e logo acaba, no mínimo, devem ter medo de ficar sozinhas, no máximo, partem a procura de "novos horizontes" sabendo que todo horizonte será o mesmo.

Há diversos tipos de pessoas e personalidades, mas nos principais fatores e características, na espinha dorsal, somos todos impreterível e invariavelmente iguais.Não tem cura, pois não é doença, mas de fato, não somos de carne, somos ego puro.

4 comentários:

DBorges disse...

Foi amargo ler isso aqui, mas gostei.
Tapa na cara com luva de pelíca.

Anônimo disse...

Engraçado você escrever algo assim. Essa semana, fui definida com a palavra "imprevisível" - a gente nunca sabe o que esperar de ti, Nina. Até me assustei. Pedi explicação. Disseram que eu sempre venho com uma opinião contrária ao fato ou que concordo com aquilo que é completamente errado, criando uma anarquia constante.
Vai entender...
Você também é assim às vezes (ou sempre)?

Gabriel P. Knoll disse...

o mais foda de toda esta história são os que querem se mostrar imprevisíveis... forçam uma "imprevisão" que no final das contas é muito bem prevista. Já trabalhei com inúmeras pessoas assim. A mídia é uma bosta!

Mas às vezes (sei lá), é bom ser previsível para não ser esteriotipado pelos previsíveis. Ou seja, uma atitude concientemente previsível é ótimo! :P

HAHhaha! Te peguei!

Excelente texto!

Anônimo disse...

eu sempre fui assim, vez ou outro me pego querendo renovar minhas relações, tudo satura. não deixa de ser engraçado perceber essas tendências intrísecas aos seres que nos fazem tão próximos e distantes ao mesmo tempo, nas diferenças nós nos igualamos, mais do que confuso chega a ser paradoxal. é como não gostar do nascer do sol em determinado local.. você muda, mas e o sol?