domingo, 20 de dezembro de 2009

Quando em um momento aleatório e sem nenhum motivo aparente os olhos marejam e um par de lágrimas escorre, percebe que não deseja(nem consegue) chorar apenas duas gotas e lembra-se que já não toma os remédios há um dia e percebe que sem os remédios é menos ainda, percebe que como uma metade, precisa de outra para viver em algo que seja o mais próximo possível de harmonia, mesmo que sempre tão torpe e torto.Percebe que tem um buraco no peito e sente vontade de um buraco na cabeça também; é só mais outro momento de desespero.Tem certeza de que se pudesse escolher, trocaria seu coração por um que não estivesse com defeito e trocaria seu cérebro por um que ao menos fabricasse todas as substâncias necessárias para sorrir.Percebe que felicidade não se trata de estado de espírito ou qualquer coisa do tipo, é tudo sobre impulsos elétricos e reações químicas.E talvez o pior de tudo seja o fato de que gosta de verdade de toda essa merda do jeito que é.Tenha um bom suicídio.

2 comentários:

Giovana disse...

Você sabe que eu amo esses seus textos que abordam a morbidez do ser humano, e que tenho de verdade uma paixão por tristeza, rs, mas não gosto da idéia de que algo possa estar te fazendo mal desse jeito, Lucas.

Saudade! Te amo.

Não importa disse...

Porra, seus textos são deliciosamente corrosivos, mas to com a Giovana. A ideia de q vc esteja sofrendo não me deixa feliz.
Vc me adicionou no msn? Eu entro mt raramente, mas sempre q entro, espero seu chamado. Apareça.
Beijos