terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Ainda não descobri se virei bicho ou virei bixa, as coisas nunca mais foram a mesma coisa desde que eu...nem sei quando ou o quê...é como acordar no próprio vômito e nem se lembrar de como foi parar onde está do jeito que está.As coisas acontecem de tal forma que você só percebe que está fudido quando a rola entra no seu cu.E você come tudo que encontra pela frente só para não fumar um cigarro, e você falseia todos os sorrisos que dá e não é nem por educação, e você vai ao banheiro toda hora chorar escondido, é como se todo o passado e a parte que você amputou de você mesmo voltasse em uma noite chuvossa dando murros na porta e pedindo pra entrar.Vai acordar os vizinhos, vai chegar atrasasado, mais atrasado que sua menstruação, mais escroto que eu, mais escroto que sanduíche de picles.Meu coração cabe em uma caixa de fósforos, na sua buceta cabe um anão, e quanto mais cedo os moribundos aceitam a morte, mais fácil fica encomendar o funeral.Faz tanto sentido quanto querer e não poder, faz tanta diferença quanto amar e jogar isso fora.Procedimentos de rotina, instrumentos esterilizados, o paciente já espera na sala de operações com o cu pra cima e a dignidade na casa do caralho.Normal, sempre acontece, tipo os filmes repetidos da sessão da tarde.No fim das contas, ninguém gosta de mim e eu não gosto de ninguém, especialmente de mim mesmo.

2 comentários:

Andressa M. disse...

O negócio é tentar balancear : ora foder, ora ser fodido/a .
E outra coisa : expurge ! Tudo, sempre, sem medidas .

Nina Vieira disse...

Eu também não sei amar, Lucas.