sábado, 29 de agosto de 2009

Embaixo da carne, há a caveira, a verdadeira face, que não se importa com mesuras e que não precisa de metas concretas ou objetivos, garganta queimada e enegrecida e o que vier é melhor que nada.Tão alta quanto o terceiro andar e tão doce quanto ursos de pelúcia, não importa se aí dentro bate um coração, detalhes técnicos e precisos tem mais valor que palavras apressadas e enganos cheios de amor.Um pouco de dor de cabeça, e acordar sozinho não é tão mal assim, pior é não dormir.

Inevitável como as crianças arrancarem cascas dos joelhos quando machucados, tudo termina, e iniciar outra semana sentindo o que sinto agora só aumenta a expectativa da espera por uma nova dor, maior e mais forte.Amor é sexo, impulsos elétricos e químicos; os poetas merecem morrer por transformar algo tão opaco em objeto de culto.Dançar como se evitasse a queda e dizer mentiras ao pé do ouvido torna tudo muito mais excitante e engraçado, saudade termina assim como amor.E terminar sozinho mais uma vez não é nenhuma novidade, mas dessa vez, é mais agradável do que em todas as outras.A cada morte é um pouco mais doloroso, mas não deixa de ser mais divertido.


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"Just because I'm losing
Doesn't mean I'm lost
Doesn't mean I'll stop
Doesn't mean I'm across"

Um comentário:

Audrey Carvalho Pinto disse...

mesmo sabendo do sofrimento seguinte, a gente ainda fica na expectativa!
"Dançar como se evitasse a queda e dizer mentiras ao pé do ouvido torna tudo muito mais excitante e engraçado, saudade termina assim como amor."

Mto bom!! verdadeiro!