domingo, 16 de agosto de 2009

Jardim de Cactus

Não há borboletas no meu jardim de Cactus
A grama é morta como o céu
Não há esperança para as sementes enterradas
Eu posso afogar todo o brilho nos meus olhos
Pois nenhuma luz passará por aqui

Porque eu ainda tento,
Se apenas insetos povoam meu jardim?
Vale o esforço, não estou só

Meu irmão nasceu morto
Plantei-o no jardim
Nunca vi árvore por aqui

Em silêncio permaneço
O silêncio dos culpados
Assim ninguém se lembrará de mim

O sol se esconde do meu jardim de Cactus
As nuvens brincam comigo
Espinhos como pétalas, toque e sangre
Eu cultivo a dor para tomar um banho de lágrimas
E furo meus olhos para alguma flor então surgir

5 comentários:

Renata Evellyn disse...

Nossa que forte...

camila disse...

Eu lembro de vc,constantemente

Marji disse...

Pode parecer loucura, mas senti um pouco de Tender Brason em você. rere/
Algo em relação as Terras da "Igreja do Credo" e, a flor seja, talvez, Fertility Hollis. Afinal de contas, você se inspirou em Chuck Palahniuk?

Madame Morte disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

brota do sangue
que escorre aos olhos
faz flor vermelha no coração então
e os espinhos já não são só mais dos cactus.. rosas e agora seus.

mais seus. :*