segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Não tem nome mas tem endereço.Aqui dentro.Aí fora.Não muito longe e não muito belo, mas gracioso o suficiente para não assustar.Cheio de vazio, procura por qualquer coisa para preencher lacunas, perde o nível cada vez mais e mostra-se tão podre e sujo quanto alguém que preenche orifícios, mas encontra você.E talvez seja mais que o suficiente.É simplesmente uma questão sobre ser menos você e mais mim; é uma grande mentira que o tempo cura as feridas.Inventa e desinventa sentimentos apenas para passar o tempo, como se colocasse o coração no microondas sem saber quantos minutos deve deixar e acaba estragando o banquete.Talvez só fuja das soluções por gostar do conforto de não fazer absolutamente nada que não seja reclamar.Sabe que não vai à nenhum lugar, e nem se importa, pois sabe que em nenhum lugar é tão tedioso e frio quanto em lugar algum.Enquanto for doce, será diabético, e quando der por si, engasgar-se-á com as próprias amídalas - será tarde demais.O último a sair apaga a luz.E deixa tudo escuro mais uma vez.

Um comentário:

Lucas Vallim disse...

"O último a sair apaga a luz.E deixa tudo escuro mais uma vez"

isso me foi uma imagem tão triste mas tão linda ao mesmo tempo! Há tempos não passava por aqui... Os posts continuam ótimos.