quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Ouvindo Radiohead sem parar, choramingando por aí e comendo chocolate velho, como se eu fosse uma guria de 12 anos que terminou o namoro e chora as tristezas de estar só mais uma vez.É assim que eu fico se não tomar os remédios por 24 horas, e é tão ruim quanto amor, você precisa disso para estar completo, seja física ou emocionalmente; sem perceber, você passa a ser apenas uma metade.

Café gelado e cigarro, os dentes cada vez mais amarelos, o par de pulmões cada vez mais preto, o coração cada vez mais podre; e tudo junto forma quase um arco-íris, talvez haja alguém que goste.Se os mendigos não reclamam em comer pão mofado e dormir ao relento, por que eu reclamo tanto?Porque eu gosto.
 
E se ainda há os que vêm aqui ler textos ruins, deve haver por aí algo que torne as coisas um pouco melhores, algo maior que força de vontade, algo melhor que arrogância e bem mais bonito e menos cinza que aqui.Aqui, onde teóricamente eu que mando, onde não há democracia, onde é tudo apenas sobre mim.E é quase ótimo, falta só um pouquinho, eu tenho o mapa do seu coração, falta apenas um bom motivo pra me aventurar por terras tão monótonas.
 
"Demolição não se baseia em destruir, e sim salvar tudo que for possível." Tenta usar um conceito desses quando a estrutura está condenada...o que sobra é comida para insetos e abrigo para mendigos.Que pelo menos não reclamam em comer pão mofado...

5 comentários:

A primeira estrela disse...

essa fase triste da literatura nunca sairá de foco,é triste,mas esse tal de triste em poesia é bonito viu? =)

Adriana Gehlen disse...

:/
pão mofado é brabo ...

Laisa Maria Ferreira disse...

Meio melancólico, até quase psicodélico, não? Mas gostei, seguirei-te. Dá uma olhada no meu? Um beijo

Anônimo disse...

o lado escuro também é lado
faz parte e vive mesmo que morto
de resto a gente tá sempre menos fudido.. podendo ficar ainda mais

Natália Corrêa disse...

E o quem te disse que os mendigos não reclamam? Todos reclamam do que tem. Porque? Porque gostam. Reclamar é bom, faz parecer que nunca estamos completos. Afinal, se estivéssemos completos, qual seria o fundamento de continuar vivendo?