quarta-feira, 2 de dezembro de 2009



Hoje faz exatamente um ano e um mês.E lembrar de oito anos atrás, aquela noite chuvosa, fria, o céu quase caindo, e da forma mais aleatória possível, como se caísse do mesmo céu que chorava, uma gata linda e quase morrendo aparece miando na minha janela.O ser mais puro que já vi, sem maldade, sem metas, sem preocupações...ter um cérebro menor não é um defeito, é uma dádiva.E dois olhos tão brilhantes, que inspiram um sorriso só de olhar, como sinto saudades...
Não sei se por agradecimento ou pelo simples fato de ter comida de graça, mas ficaste.E com tantos cantos na casa, escolheu ficar justamente ao meu lado, no canto onde eu estivesse, nos melhores e nos piores momentos, na saúde e na doença...provávelmente muito melhor que uma esposa.E bastava olhar para aquele par de olhos grandes e essencialmente benevolentes, que era como se dissesse; "calma, eu tou aqui".Por hoje, só paredes.

Dizem que saudade vira só lembrança, até que se torne esquecimento, mas lembro de você todos os dias.Eu costumava ganhar algo como um "boa noite" todos os dias...talvez uma lambida valha mais que mil palavras.Ainda é difícil dormir sem aquele quentinho do lado, aquele barulho de motorzinho ronronando, que os gatos só fazem quando estão felizes.Faz pensar que se não era asmática, foi feliz todo o tempo que passou comigo...

Lembranças tão boas que se sorri ao se lembrar.Alguém que não exatamente era um alguém, mas alguém que nunca pediu nada em troca do amor mais sincero que eu já vi.Talvez seja só egoísmo e falta de algo que me fazia bem, mas imagino que ninguém nunca me amou tanto quanto você.E hoje em dia é tudo tão sei lá, tudo tão solitário que eu chego ao ponto de escrever quase que uma carta pra uma gata que além de não saber ler nem existe mais.De qualquer forma, você faz uma falta do caralho.Saudades, linda. =/

6 comentários:

Madame Morte disse...

Ok, agora debochem.

Não importa disse...

ah, seu bobo, quase me fez chorar!

Natália Corrêa disse...

Eu não debocharia, nunca!
Eu também tinha uma gata, uma gata que encontrei na rua e levei pra casa. Menti pra minha mãe, dizendo que tinha ganhado, porque sabia que ela nunca deixaria eu criar uma gata-de-rua, mas ela era tão linda, tão branca, de olhos tão verdes... Me acordava todos os dias, subindo na minha cama e massageando minha bunda (parece estranho, mas era bom haha) com aquelas patinhas pequenas, colocando as unhas meio-de-fora para fazer cócegas (tá, não era pra isso, mas fazia). Ela gostava de deitar na minha barriga enquanto eu via TV, e ficava miando sem parar, sempre que eu ficava no computador - vai ver era ciúme, sei lá.
Ela morreu há uns 4 anos. Eu tentei substituí-la com outra gata, que ganhei realmente, e até fingia que a outra gata era reencarnação dela, pra aliviar minha tristeza. Mas sei que não era, e eu nunca superei o vazio da massagem matinal, ou dos miados irritantes, que eu amava demais.

Ah, tá vendo você? Quase chorei agora.

Não importa disse...

Eu já tive muitos bichinhos de estimação, mas nenhum durou mt aqui em casa, pq meus pais nunca aturavam por mt tempo.
Mas o animal que eu mais amei foi um cachorro do meu avô. Chamava-se Perigoso, pq o bicho era bravo e avançava nas pessoas. Mas com a gt, ele era um totó.
Era um vira-lata mt inteligente! Uma graça. Ele chorava qdo íamos embora. O Perigoso era nossa alegria e nós éramos a alegria dele.

Um dia, cheguei na casa do meu avô, mas o Perigoso não tava lá. Ficamos perguntando por ele, e meu avô disse q tinha dado o cachorro. Eu era pequena, mas sabia q ele tinha morrido. Meu avô nunca daria aquele cachorro.

Natália, ri mt da história da gata q massageia bunda. Vai ver a sua é bem gostosa! hihi... =P

Anônimo disse...

P.S.: E amanhã tem sol.

Giovana disse...

Ah, quase chorei também!
Sei como é, tinha um gato que quando ele morreu, eu entrei em depressão, rs, e cara, ele morreu com um tiro.