terça-feira, 6 de abril de 2010

Não importa, é tudo relativo
Tanto faz se é morto ou vivo
Por dentro é um pouco mais quente
O que já é melhor que menos frio

Um beijo com gosto de sabão, abraço sem calor,
Um monte de mentiras, estupro
E uma lista de pessoas que seriam melhores mortas

Com um amor tão grande que cabe em um caixão
Talvez o mais fácil seja te enterrar no jardim
Tão divertido quanto moscas em volta da merda
É o dano inflingido por você em mim

Eu tenho meu coração, e é tão irritante,
Eu tenho meu sangue e é tudo que eu preciso,
Só dói quando respira, não é tão mal assim
Não tem nenhum começo, que ao menos tenha fim

Nos piores dias eu aprendo alguma coisa
Nos melhores, eu não me machuco, 
E eu chego à grande conclusão
De que as vezes prefiro meu coração

2 comentários:

Nina Vieira disse...

Amar demais dói, né?

Marji disse...

"Eu tenho meu coração, e é tão irritante."

Sem coração é pior, vai por mim. Nenhuma das dores supera a agonia de não sentir nada.

Aquela merda de sensação de escrever, pensar, inventar, esperar alguém que nem sequer existe, que você nunca vai conhecer.

Quisera eu ter alguém para dedicar meu ultimo texto. Eu só... espero.