segunda-feira, 3 de maio de 2010

Meia garrafa de cachaça, nenhuma classe, um fedor de álcool e cigarros do caralho e apesar da tontura, incrívelmente sóbrio, sai costurando quarteirões, sem um destino certo, contanto que demore o máximo possível para chegar em casa.Tudo errado.Mesmo sem saber como seria se estivesse ou fosse certo.Pensa que inverno é quente como o verão nessa cidade.Que morram os casais e que morram todos.Dessa vez não aguenta sequer a própria companhia.

Importância é algo definitivamente relativo, e nesse caso, nada ou ninguém tem a menor importância.Como se tudo não passasse de um simples jogo de cartas, procura as melhores formas de chegar ao fim ganhando quanto puder, mesmo sendo um zero à esquerda nessa ou em qualquer outra arte ou ofício.O que irão pensar quando chegar em casa?Que baita decepção.

Sente como se estivesse pendurado pelas bolas, sem movimento, sem escolha, sem rumo, e tanto faz.O velho jeito brasileiro, empurrar com a barriga, deixar estar...deveras simples, e deveras inútil.Não tem pra onde ir e por isso não vai à lugar algum.Lacunas enormes precisam ser preenchidas.Antes que alguém faça alguma besteira.

3 comentários:

Julia disse...

Queria que suas pragas pegassem em alguem. =p

Madame Morte disse...

Um dia vai funfar :p

Nina Vieira disse...

Eu também vivo assim, vagando em noite escura, sem rumo, nem vontade de voltar para casa...
Suas prgas? Funcionam sim, obrigada.