quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Eu não gosto de ninguém
Tudo sempre foi assim
Eu não gosto de você
Eu não gosto nem de mim

O coração bate em um espasmo muscular
Tão ruim e destrutivo quanto bomba nuclear
Carrega uma tonelada na caixa toráxica
Tropeçando com a leveza de uma bailarina
Com o tempo você aprende que não aprendeu nada
A vida não passa de uma puta desesperada

Abelha operária, sangramento nasal
Ameaça de bomba, fase oral

Não vai doer mais em mim do que em você
Vai deixar um rombo, você não vai esquecer
Sempre começa e termina do mesmo jeito
Repetir o mesmo erro não é só um defeito
Me apaixono por você porque és causa perdida
Amo o impossível pois não tenho amor a vida

Carne podre, um banquete
Pau duro, um boquete
Silêncio, uma canção

Seu coração, na minha mão

2 comentários:

Nina Vieira disse...

Poeta do desamor.
Mas eu gosto mesmo assim.

Não importa disse...

Gosto mto dos seus poemas. Me impressiona.