domingo, 22 de março de 2009

fácil

Eu nunca estive tão bem,nunca foi tão fácil reclamar.
Eu prendi as ilusões num pote de vidro,como vagalumes.
Elas ainda me fazem sorrir antes de dormir.
E é divino,imaginar,tudo que poderia ter sido.
E é reconfortante lembrar de tudo que não é.
E simplesmente não é.
Tem uma goteira na cozinha.
E seria bem mais fácil afogar os sonhos.
Meu quarto tem vista para lugar nenhum.
Amanhã eu seria alguém se ontem eu for algum.
Sim,eu já ouvi suas palavras de consolo e suas críticas também.
Vá embora por favor.você não vai me ajudar.nem eu.
Pelo menos eu não lavo mais banheiros.
Pelo menos eu tenho um teto.
Mas eu não tenho nem coração.
Seria ótimo um cigarro e um paraíso.
Pelo menos,eu não me esqueço nunca que estou aqui.
Tão ingênuo,eu poderia ser o rei.
Tão mau,eu devia ser o carrasco.
Tão tolo,eu sou apenas o parvo.
Uma dose de veneno por favor.
Quando a guerra terminar nós já teremos morrido.

3 comentários:

Leandro Jardim disse...

bacana o poema; e obrigado pela visita! grande abraço :)

geo. disse...

eu quero essa frieza, as vezes acho que to quase lá, as vezes parece que voltei pro começo. pro re-começo.

bom, se ainda servir pra recomeçar nem tudo estará tão perdido. quem sabe minhas ilusões não me façam sorrir antes de dormir ainda?

quem sabe.

obrigada pela visita. tá sempre convidado a voltar.

beijo

Boo disse...

tu não é frio. tuas palavras tem calor e fervem. foi só mais um dia ruim, agora levanta daí e vai tirar o pó da tua vida esquecida. frieza não faz parte de ti. (: